Sábado, 12 de Julho de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,57 | EURO R$ 6,51

12 de Julho de2025


Área Restrita

DESTAQUES Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 16:11 - A | A

Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 16h:11 - A | A

Chacina no Beco do Candeeiro

27 anos sem conclusão e sem culpados

Há quase 30 anos, as famílias dos adolescentes mortos esperam uma resposta do poder público

 

 

Na madrugada do dia 10 de julho de 1998, Adileu Santos, Reginaldo Magalhães, Edgard Arruda e um quarto adolescente não identificado, com idades entre 13 e 16 anos, dormiam em um degrau no Beco do Candeeiro, no Centro de Cuiabá, quando foram surpreendidos por vários disparos de arma de fogo. Três deles perderam a vida naquele momento, deixando um rastro de dor, luto e indagação.

Quase 30 anos depois, o caso não teve nenhum esclarecimento. O único sobrevivente do grupo alvejado pela polícia participou do julgamento popular em 2014, e reconheceu o policial militar Adeir de Souza Guedes Filho, tido como o responsável pelas mortes dos garotos. 

✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp

✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp 

O militar foi o único levado a julgamento, mas foi inocentado por falta de provas.

Beco do Candeeiro, marcado pela tragédia, segue esquecido sem respostas e sem justiça. (Foto: Reprodução)
Beco do Candeeiro, marcado pela tragédia, segue esquecido, sem respostas e sem justiça. (Foto: Reprodução)

Wantuir Luiz Pereira, advogado e presidente da Associação dos Familiares das Vítimas de Violência do Estado de Mato Grosso (AFVv) lamenta a negligência e diz que o caso foi abandonado pelo estado. Segundo ele, nada foi feito.

“Até hoje, o estado não ofereceu qualquer forma de indenização às famílias das vítimas. O memorial erguido no local, embora tenha tentado preservar a memória da tragédia, não conseguiu impedir que o Beco do Candeeiro se tornasse um símbolo do abandono na cidade. O que fica é o sofrimento das famílias que ainda aguardam respostas”, aponta.

Escultura feita em homenagem às vítimas do Beco do Candeeiro. (Foto: Gustavo Henrique)
Escultura feita em homenagem às vítimas. (Foto: Gustavo Henrique)
 

Para ele, o local da chacina deveria ser um símbolo de reflexão e justiça. “O Beco do Candeeiro está esquecido, sem a presença de crianças, mas com muitos jovens em situação de vulnerabilidade, que assim como antes, continuam sendo negligenciados. A realidade na região permanece difícil, com frequentes registros de violência e mortes”, afirmou.

O outro lado

Primeira Página tentou contato com a assessoria da Polícia Civil e da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) para obter respostas sobre o caso e aguarda retorno.

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]