Um acontecimento inusitado movimentou a imprensa britânica na última semana. No dia 13 de agosto, uma passageira embriagada em um voo da British Airways, indo de Heathrow (Reino Unido) para San Diego (EUA), causou grande confusão ao colocar uma garrafa de vinho em sua bagagem de mão e, posteriormente, cuspir o vinho em uma família sentada próxima a ela.
A mulher, não identificada, continuou consumindo bebidas alcoólicas do serviço de bordo e passou a gritar ofensas, além de arremessar água nos passageiros e, em um ato extremo, cuspir vinho diretamente no rosto da família, que incluía um casal e sua filha. Relatos também indicam que ela chegou a agarrar os cabelos da esposa e vomitar sobre os três.
Testemunhas descreveram a cena como “caótica e desagradável”. Segundo um passageiro ouvido pelo The Sun, a mulher estava notavelmente embriagada logo no início do voo e alegou estar celebrando seu aniversário.
Após o incidente, a tripulação da British Airways interveio para minimizar os danos, movendo a família para a parte dianteira do avião e proibindo a venda de mais álcool à passageira. A mulher caiu em sono pesado por 11 horas e foi presa assim que a aeronave pousou em San Diego, com a polícia americana sendo previamente notificada pela tripulação. Ela está sob investigação pelas autoridades e pela companhia aérea.
Curiosamente, o incidente vai contra os esforços das companhias aéreas em manter uma imagem positiva relacionada ao consumo de vinhos e bebidas alcoólicas a bordo. A British Airways, em particular, investiu na curadoria de vinhos premium, como cartas assinadas por experts, por exemplo, o Master of Wine Tim Jackson, e iniciativas como a abertura de um bar da marca Whispering Angel no Aeroporto de Heathrow.
Para mitigar comportamentos semelhantes, executivos da aviação — incluindo o CEO da Ryanair, Michael O’Leary — vêm defendendo restrições como um limite de duas bebidas alcoólicas por passageiro nos aeroportos antes de embarque.