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Influenciador morre em live

O que é a Kick, rede social onde aconteceu transmissão

A rede social ficou conhecida por ter regras mais flexíveis para o conteúdo e por cobrar taxas menores que rival

Redação Terra

Foto-G1-Globo

Após a morte do influenciador francês Raphaël Graven, de 46 anos, que foi transmitida ao vivo pela plataforma Kick, a rede social ganhou notoriedade. Rival da Twitch, a Kick é conhecida por ter regras de moderação de conteúdo mais flexíveis, e taxas menores cobradas aos influenciadores.

A Kick é uma plataforma que permite que criadores de conteúdo façam transmissões ao vivo, as lives, com foco em jogos. Ela foi criada em 2022 e atualmente tem mais de 50 milhões de usuários.

O site ganhou espaço por ficar com apenas 5% do valor gerado por influenciadores através de assinaturas de seus seguidores. A concorrente, Twitch, cobra 50% de taxa, mas tem mais de 105 milhões de usuários.

Além da taxa, outro chamariz da plataforma para criadores de conteúdo são as regras de moderação mais flexíveis. Devido a essas regras, a plataforma já permitiu lives que violaram direitos autorais, exibiram conteúdo adulto, além de um debate nazista, segundo uma reportagem da Bloomberg de 2023. Na época, a Kick afirmou que estava ampliando os esforços de moderação, e que não tolerava discurso de ódio.

Na última quinta-feira, 14, a Kick comentou a estreia de MrBeast, conhecido por ser o maior influenciador do mundo. Ele fez uma live em que arrecadou US$ 12 milhões para seu projeto que dá acesso à água potável.

Sobre a morte do influenciador Raphaël Graven, a Kick informou à RFI que não responderia aos questionamentos, devido à sua política de privacidade. Um porta-voz disse à BBC que a plataforma estava “revisando com urgência” as circunstâncias da morte do influenciador. O porta-voz também disse que as diretrizes de comunidade foram "projetadas para proteger os criadores" e que a empresa estava comprometida em manter esses padrões.

Quem são os donos da Kick?
A Kick foi criada por dois empresários australianos, Edward Craven e Bijan Tehrani. Eles também são proprietários do cassino online Stake.

Cada um deles tem fortuna avaliada em US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões), segundo a Forbes. O patrimônio é proveniente de jogos de cassinos virtuais em que os usuários apostam usando criptomoedas.

As duas empresas ganharam visibilidade em 2024, ao patrocinarem a Sauber, equipe de Fórmula 1 que, hoje, tem o brasileiro Gabriel Bortoleto como um de seus pilotos. 

Segundo a Forbes, os dois fundadores da Kick entraram no ramo em 2013, quanto o bitcoin valia cerca de US$ 100 (cerca de R$ 550), e aproveitaram a valorização da criptomoeda. A Stake foi fundada em 2017, quando a moeda digital era vendida por mais de US$ 10 mil (R$ 55 mil).

Ainda de acordo com a revista, a Kick tem gerado prejuízo aos empresários, avaliado em US$ 100 milhões. No entanto, isso não é exclusividade da plataforma. A Twitch existe desde 2011 e nunca registrou lucro. Com as fracas regras de moderação da Kick, a presença de anunciantes é cada vez mais rara no serviço.

Morte de influenciador
Na segunda-feira, 18, a rede social disse que está analisando a situação que levou à morte do influenciador. Graven, conhecido pelos pseudônimos “Jean Pormanove” e “JP”, que participava de vídeos em que era submetido a violência e humilhações por colegas que também faziam conteúdo, conhecidos como “Narutovie” e “Safine”.

Em sua última live, Graven apareceu inconsciente embaixo de um edredom, sobre uma cama. Na sequência, outros dois homens podem ser ouvidos. Depois, um deles atira uma pequena garrafa de plástico na direção dele.

Os usuários afirmam que imagens mostraram o momento anterior à morte ou à descoberta da morte do influenciador. O caso é investigado pelo Ministério Público de Nice, no sul da França.

A ministra delegada para Inteligência Artificial e Tecnologia Digital da França, Clara Chappaz, denunciou "um horror absoluto". Na rede social X, Chappaz escreveu que apresentou denúncia ao Pharos, que é o serviço de combate à violência online. "Também entrei em contato com os responsáveis pela plataforma para obter explicações. A responsabilidade das plataformas digitais pela disseminação de conteúdo ilegal não é opcional; é lei", enfatizou.

Fonte: Redação Terra

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