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Cotidiano Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 14:41 - A | A

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Falhas na saúde indígena

MPF investiga omissão no atendimento à saúde de indígenas Xavantes após mortes de crianças em MT

Investigação começou após denúncias que apontavam a morte de pelo menos quatro crianças neste ano por falhas na prestação de serviços de saúde

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para investigar o atendimento na saúde dos indígenas Xavantes, na Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé , em Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá. A decisão foi tomada após uma reunião virtual, no dia 27 de maio, com a participação de lideranças indígenas, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e membros do MPF.

A situação na Terra Indígena já vinha sendo denunciada por entidades como o Cimi, que cobrava providências do poder público pela precariedade do atendimento. Em uma nota divulgada em maio, o conselho informou a morte de uma menina de 13 anos, que seria a quarta criança a morrer neste ano na TI. 

A nota também cita que a única caminhonete disponível para a comunidade está em péssimas condições e o veículo não tem condições de percorrer longas distâncias.

Durante a reunião, o cacique Damião Paridzané e a cacica Carolina Rewaptu falaram sobre a falta de transporte sanitário, de profissionais de saúde e de medicamentos na região.
“Estamos morrendo e esquecidos”, disse o cacique. 

Diante dos relatos, o MPF destacou que a comunidade vive em situação de grave vulnerabilidade e determinou uma investigação mais aprofundada sobre a atuação do poder público no atendimento à saúde dos indígenas da região. 

 

O inquérito busca investigar falhas ou omissões por parte da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Xavante) e saber se os atendimentos são realizados de forma adequada.

Como primeiras medidas, o órgão solicitou informações detalhadas às secretarias de saúde dos municípios envolvidos e ao Dsei Xavante, como o número de profissionais disponíveis, veículos para transporte, cronogramas de visitas e treinamentos para atendimento e comunicação com os indígenas.

 

As investigações continuam, e mais pessoas estão sendo ouvidas, pois há suspeita de que o número de vítimas seja maior.

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