Criticada por ter passado orientações políticas ao rapper Oruam, filho de um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a deputada federal Érika Hilton (PSol-SP) respondeu aos seus detratores.
Nas redes sociais, Érika rebateu críticas de setores da esquerda. Ela ressaltou não ter convidado Oruam para se filiar ao PSol e disse que seus críticos “surtam” por temor de serem apontadas como defensoras de bandidos.
“São pessoas que surtam com a possibilidade de acharem que estão ‘defendendo bandidos’. E, pra garantir que não serão descritas dessa forma, aceitam que passem por cima dos direitos, das prerrogativas legais e das vidas de 50% da população desse país”, escreveu Erika Hilton em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
A deputada afirmou que Oruam não foi convidado para entrar em partido nem para ir à reunião de conjuntura. “Pessoas com ligações a facções criminosas já estão na política, aliás, não pelas mãos da esquerda”, disse.
Erika Hilton ainda disse que “não passou pano” para as falas transfóbicas e homofóbicas de Oruam. Segundo ela, o cantor não pode ser “responsável” pelos crimes de seu pai, o traficante Marcinho VP, ou de seu tio, Elias Maluco.
“Conversei (com Oruam) porque ele prestou apoio à família de uma vítima da PM. Porque foi protestar ao lado de uma comunidade que foi atacada a tiros por fazer uma festa junina. Porque ele queria saber como se organizar politicamente. Assim como falei que Poze do Rodo não deveria ser tratado daquela forma pela polícia. Não falei, em nenhum momento, que passo pano para as suas falas transfóbicas e homofóbicas”, disse a deputada.
Próximo Marçal
Erika Hilton fez ainda um questionamento a líderes de esquerda que criticaram sua aproximação com Oruam sobre o que acontecerá em 2026 se “as favelas e a juventude ficarem nas mãos do próximo (Pablo) Marçal”.
“Aos especialistas de cálculo eleitoral fictício, fica o questionamento: vocês acham mesmo que teremos alguma chance se as favelas e juventudes ficarem nas mãos do próximo Marçal?”, indagou.