O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou não se sentir traído pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo suposto apoio à candidatura ao governo do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Wellington garantiu que manterá seu nome na disputa ao Paiaguás e ressaltou que o partido precisa apostar em um projeto próprio ao invés de investir na construção de aliança com o grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil).
"Eu vou trabalhar, continuar trabalhando, nas bases, como tenho feito. Todas as pesquisas apontam o Wellington como o primeiro lugar em todas as pesquisas. Não tenho questionamento sobre isso. Creio que estou no caminho", falou o senador nesta quinta-feira (23).
Nos bastidores, circula que Jair e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teriam encaminhado uma lista ao presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, indicando o nome de Otaviano como o escolhido para receber o apoio da família. O fato ainda não foi confirmado pelo partido. No entanto, lideranças mato-grossenses, como o presidente estadual do PL, Ananias Filho, admitem a simpatia de Jair ao vice-governador. Valdemar foi procurado pelo HNT, no entanto, não se manifestou acerca do cenário político local.
Antes da lista começar a ser ventilada, Costa Neto classificou o nó tático em MT como "problemaço". O quadro com Wellington e Pivetta também envolve a deputada estadual Janaina Riva (MDB), candidata ao Senado que busca compor 'dobradinha' com o deputado federal José Medeiros (PL). Por estar filiada ao MDB, sigla alinhada à esquerda, os conservadores ignoraram a tentativa de negociação de Janaina.
Wellington desconversou sobre a possibilidade da relação com a nora, Janaina, ser o motivo para Bolsonaro optar por Pivetta.
"Olha, eu não posso colocar isso como posição. Eu acho que o PL tem que trabalhar o nosso projeto. Apoiamentos, coligações acontecerão o ano que vem. Esse ano ainda, como eu disse para vocês, todos podem ter direito a ser candidato. Inclusive, todos filiados no partido têm direito de opinar e, inclusive, de querer participar", disse o senador.