A vice-prefeita de Cuiabá, Vânia Rosa (Novo), evitou falar em chateação, mas admitiu uma 'ressaca emocional' depois do desentendimento com o chefe do Alencastro, o prefeito Abilio Brunini (PL). O mal estar entre os dois começou depois que Vânia entrou na mira da Câmara de Vereadores à época em que a vice-prefeita acumulava o cargo de secretária de Mobilidade Urbana. A rusga levou à exoneração de Vânia da Pasta e a uma vistoria polêmica na sede da Semob, o que esquentou o clima entre os gestores.
"Logicamente que tem algumas ressacas emocionais que a gente tem que vivenciar, porque a gente não é de pedra", afirmou Vânia durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (12).
A entrevista foi convocada para que a vice-prefeita anunciasse a reestruturação da vice-prefeitura, que ainda é estudada. Vânia, por outro lado, deixou claro que está distante das movimentações da prefeitura e declarou que não participou de discussões importantes como a criação das 'megasecretarias' de Abilio e dos estudos sobre a possível parceria público-privada na Educação.
O auge do distanciamento entre prefeito e vice foi durante vistoria na Semob logo após a exoneração. Abilio apareceu de surpresa e foi recebido pela Polícia Militar que, segundo Vânia, não foi chamada por ela. No local, Abilio encontrou uma maca e a existência de uma 'sala VIP' na sede da secretaria colocou o trabalho da vice-prefeita em xeque. Depois, ela veio a público explicar que se tratava de uma doação utilizada para a promoção de atividades de bem-estar aos servidores.
Nesta semana, Vânia compareceu a um encontro da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa e, ao lado de Janaina Riva (MDB), outra mulher com quem Abilio tem trocado farpas, afirmou que 'não seria definida por uma maca'. As aparentes alfinetadas alimentaram rumores de que a paz ainda não havia sido estabelecida no Alencastro, Vânia minimizou e explicou a declaração.
"Eu sempre primei muito sobre levar a qualidade de vida praquele que presta qualidade de vida social, que são nossos servidores públicos. Quem cuida também tem que ser cuidado, eu sempre pensei sobre isso, tenho trabalho científico sobre isso, tenho trabalho científico sobre gestão por competência. Então, para mim,
realmente a maca não me define, a gente vai ter que continuar trabalhando o bem-estar, isso é algo que é muito genuíno meu, e eu não me quero deixar morrer", ponderou.