Com o receio de eventuais decisões sobre suspensões de mandatos, deputados de direita têm defendido uma postura de moderação com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Na bancada bolsonarista, a avaliação de parlamentares que conversaram com a CNN é de que o objetivo da ocupação da semana passada foi alcançado e de que, agora, é momento de arrefecer os ânimos.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu o aceno de líderes partidários para a retomada da discussão do projeto de lei da anistia e da PEC (proposta de emenda à Constituição) que acaba com o foro privilegiado.
O diagnóstico é de que dobrar a aposta neste momento, com críticas públicas ao presidente da Casa Legislativa, pode até mesmo inviabilizar eventuais votações.
Por isso, deputados de direita têm recomendado a congressistas radicais que evitem confronto, até mesmo nas redes sociais.
No PL, há até mesmo a defesa de que o líder da oposição, Zucco (PL-RS), promova um jantar da bancada federal com Hugo Motta para restabelecer a relação.
Na última sexta-feira (8), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu dar encaminhamento a todas as denúncias contra deputados por envolvimento na ocupação do plenário da Casa Legislativa.
Na lista de 14 nomes, 12 são filiados ao PL, incluindo, por exemplo, Zé Trovão (SC), Marco Feliciano (SP), Marcos Polon (MS) e Paulo Bilynskyj (SP).