O deputado federal Coronel Assis (União Brasil), aliado de pautas bolsonaristas, estuda mudar de partido para concorrer à reeleição em 2026. Apesar de ter recebido convites de outras legendas, ele afirmou que só tomará uma decisão durante a janela partidária, em março do ano que vem. O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, é apontado como o destino mais provável, mas Assis se limitou a dizer que "mantém a porta aberta" para a sigla.
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"Na verdade, acho que temos que discutir a mudança de sigla partidária quando tiver a janela e só abre ano que vem. Questão de convites, ser lembrado por outra agremiação, isso é muito bom, mostra que estamos em uma linha de pensamento que tem um alinhamento, isso é importante até porque o eleitor de mato-grossense tem esse perfil conservador, isso me deixa feliz", pontuou Coronel Assis à Rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (11).
O deputado é um dos vice-líderes da oposição, sendo uma das vozes conservadoras em Brasília. Além do papel como articulador político que lhe dá trânsito no Congresso, Assis investe na aproximação com a bancada bolsonarista. Na última semana, Assis foi um dos parlamentares que participou da obstrução da Mesa da Câmara para que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautasse os projetos de leis que concede anistia aos presos políticos de 8 de janeiro de 2023 e o fim do foro privilegiado.
"Sou vice-líder da oposição e sou de outro partido. Você se relaciona com várias agremiações. O próprio governador teve convite, o Fabio Garcia teve convite. É normal na política. Temos que manter a porta aberta e quando sair de uma porta, procurar não deixar ela fechar", falou o deputado.
FIGURA CARIMBADA
Assis também aderiu ao ato político promovido pelo Movimento Direita Mato Grosso na Praça do Choppão, em Cuiabá. Ele foi a única liderança do União Brasil a comparecer. Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desrepeitou decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e falou com o público. A infração implicou no deferimento de prisão domiciliar a Jair.
A ausência de figuras que se dizem da direita foi criticada pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Em tom de ironia, Cattani disse que "todos os que são da direita foram", desqualificando os demais.