O ex-ministro da Defesa do Brasil Aldo Rebelo (MDB) apontou que o partido ainda está indefinido quanto ao lançamento de candidatura própria à presidência em 2026. A possibilidade representaria uma terceira via, mas a sigla ainda não se decidiu se optará por esse caminhou ou se decidirão apoiar o presidente Lula à reeleição ou um nome da direita. Como o MDB discute federação com o Republicanos, seria natural o aceno do partido ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). No entanto, Aldo Rebelo, ex-ministro de Dilma Roussef (PT), disse que sinalizar apoio a Tarcísio é uma "precipitação".
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"O MDB está procurando o seu caminho. Anunciar qualquer tipo de posição sobre o futuro seria precipitado", afirmou Aldo Rebelo à imprensa nesta sexta-feira (8) durante encontro regional do MDB promovido pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG) na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá.
O ex-ministro disse que a discussão de alianças é uma movimentação esperada nos meses que antecedem as eleições e ressaltou que além do Republicanos, o MDB tem dialogado com o PSDB e Solidariedade.
"Todos os partidos procuram se preparar para as próximas eleições com federações, fusões e isso é um trabalho que ainda não está concluído. Temos conversado com o Republicanos, PSDB, Solidariedade e o MDB está procurando reunir aliados para o projeto eleitoral de 2026", falou Aldo Rebelo.
Em Mato Grosso, a federação do MDB e do Republicanos uniria os dois partidos que estão em lados opostos, motivando possíveis divisões. O MDB estava na base do governador Mauro Mendes (União Brasil), mas o relacionamento do partido com Mendes está estremecido desde que uma denúncia de compra superfaturada de kits agrícolas implicou na exoneração de Luluca Ribeiro do comando da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT).
O escândalo gerou um efeito em cadeia. Outros servidores ligados a Luluca também foram exonerados. A operação gerou reflexos na Assembleia Legislativa (ALMT). A deputada estadual Janaina Riva (MDB) deixou a base do governo na Casa de Leis unindo forças com a oposição.
O racha com o grupo de Mauro Mendes dificulta arranjos para 2026, uma vez que o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), aposta de Mauro para o governo, será o nome defendido pelo Republicanos e pode encontrar resistência por parte do MDB.