Após meses de ameaça e, enfim, a publicação das tarifas impostas pelos Estados Unidos para produtos brasileiros, o governo tenta responder para conter os prejuízos. A taxa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros comprados pelos EUA começa a valer nesta semana.
A taxação deve alcançar 35,9% dos produtos brasileiros que são exportados, segundo projeção divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A expectativa do governo federal é correr atrás do tempo perdido e atuar em diversas frentes para conseguir mitigar os danos do tarifaço, após deixar de lado a possibilidade de diálogo anterior.
Para interlocutores do Planalto, o momento é de se esgotar as vias políticas na mesa de negociação.
Publicamente, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e também ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmaram que as negociações começam agora, após a formalização do decreto das tarifas na última quarta-feira (30) por Donald Trump.
A possibilidade de adotar uma postura de reciprocidade, ou seja, também impor aos Estados Unidos tarifas sobre os produtos norte-americanos não é descartada. Mas o Planalto vê como uma saída de segundo plano.