O procurador-geral da Câmara de Cuiabá, Eduardo Eustáquio, recomendou à presidente Paula Calil (PL) que ainda não convoque os suplentes dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB). Ambos foram afastados por decisão judicial, mas a Casa ainda não teve acesso à íntegra da decisão que determinou a medida. Eustáquio explicou que o regimento determina que um suplente permaneça na Casa por, no mínimo, 30 dias e a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) pode concluir as investigações em 15 dias, o que, segundo ele, geraria um "imbróglio".
"Precisamos analisar com bastante calma e ter acesso à íntegra da decisão para saber se a gente sugere que a Casa aguarde os 30 dias, se nós vamos ter uma outra decisão, uma sinalização da Justiça ou da própria Polícia Judiciária Civil de que esse inquérito vai durar mais de 30 dias para recomendarmos o chamamento dos suplentes", detalhou Eduardo Eustáquio à imprensa nesta terça-feira (6) durante a sessão ordinária.
Eustáquio também esclareceu que, além das medidas cautelares determinadas ppela juíza Edna Coutinho, ambos os vereadores não receberão salário durante o período. Os servidores nomeados continuam trabalhando normalmente. Exonerações só poderão ser feitas a partir da convocação dos suplentes.
"Por hora, o gabinete continua funcionando até que seja decidido quanto a convocação", asseverou o procurador.
A Deccor aponta que os vereadores receberam R$ 200 mil de propina da HB20 Construções. Sargento Joelson teria usado um interposto como "laranja" que cedeu sua conta para os depósitos da empreiteira. Ao todo, foram feitos quatro Pix, totalizando R$ 150 mil somente para Joelson.