O deputado federal José Medeiros (PL) saiu em defesa de seus correligionários e aliados após uma semana de baixas políticas. Durante a semana, uma operação da Polícia Federal, que investiga R$ 28,638 milhões em movimentações suspeitas, atingiu nomes centrais da direita brasileira, como Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, além da cassação dos deputados federais Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, por excesso de faltas e condenação por participação na trama golpista, respectivamente.
Para o parlamentar, o país vive um momento de "arrocho" democrático que visa criminalizar a oposição por meio de uma estratégia orquestrada pela esquerda. Ele considera as ações um "cerceamento de liberdades" que não parará na família Bolsonaro ou no PL. Para ele, o processo é gradual, começou nos aliados do ex-presidente, passou pelo Centrão e, em breve, atingirá a liberdade de expressão de toda a sociedade e da própria imprensa.
Ao comentar as informações preliminares, de que R$ 400 mil em dinheiro vivo foram encontrados pelos agentes em um dos endereços de Sóstenes, que é líder do PL na Câmara, Medeiros minimizou os achados. Segundo ele, ter dinheiro em espécie não configura crime por si só, e criticou o que chamou de "escrutínio nas filigranas da cota parlamentar".
"A estratégia do PT é querer jogar todo mundo na vala comum da corrupção. Encontrar dinheiro em casa qualquer um pode ter; o que importa é provar se é fruto de roubo ou outra coisa. Estão escaneando tudo agora para criar uma narrativa", disparou o deputado.
Sobre o deputado Carlos Jordy, Medeiros classificou como "absurda" a linha de investigação que aponta suspeitas em aluguéis de veículos abaixo do valor de mercado. "Se a pessoa zela pelo recurso público e paga mais barato, vira suspeita? É injusto".
"INJUSTIÇA" CONTRA A DIREITA
Ele ainda aproveitou para criticar as cassações dos mandatos de Bolsonaro e Ramagem, as quais classificou como uma perseguição política que pavimenta o caminho para uma "ditadura total".
O deputado argumentou que a Justiça está sendo usada para silenciar as vozes mais votadas do país.
No caso de Bolsonaro, Medeiros comparou as ações do filho "03" nos Estados Unidos à omissão que ele atribui ao restante do parlamento.
"O que aconteceu não é justo. O Eduardo fez pelo Brasil, lá nos Estados Unidos, o que o Senado todo não fez. Se hoje discutimos anistia ou readequação de penas, foi pelo trabalho que ele realizou lá fora, denunciando o que está acontecendo aqui. É vergonhoso ver grandes lideranças sem mandato.”


















