Mais de 50% dos fazendeiros envolvidos no plano golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão baseados em Mato Grosso, segundo levantamento do Observatório do Agronegócio no Brasil. Dentre os produtores rurais está Argino Bedin, o “pai da soja” de Sorriso (380 km de Cuiabá). Ao todo, o estudo identificou que 142 fazendeiros patrocinaram os atos golpistas, sendo 74 de Mato Grosso.
Já com relação ao número de veículos enviados para o Quartel General, em Brasília, foram, ao todo, 234 caminhões. Do montante, 56 partiram da 'Princesinha do Agro', a cidade de Sorriso, em Mato Grosso. O clã Bedin, unido pelo casamento aos Lermen, enviaram 13 veículos de carga.
Mato Grosso ainda aparece cinco vezes na lista dos cinco municípios que mais concentram os 'agro apoiadores' dos movimentos antidemocráticos que culiminaram nos atentados de 8 de janeiro.
Além de Sorriso, estão na lista Nova Mutum (9), Nova Ubiratã (5), Água Boa (5) e Vera (3).
O tenente-coronel Mauro Cid chegou a afirmar que o 'pessoal do agro' seria o responsável por financiar o plano Punhal Verde e Amarelo, no entanto, ninguém foi denunciado.