A deputada estadual Janaina Riva (MDB) defendeu a regulamentação da pena de morte e prisão perpétua ao comentar o assassinato da fonoaudióloga Ana Paula Abreu, de 33 anos. Riva acentuou que o endurecimento das penas não é suficiente e as medidas são o único caminho para coibir a violência contra a mulher.
A Polícia Civil prendeu o namorado da vítima, Lucas França Rodrigues, de 22 anos, como suspeito. O jovem enviou fotos do corpo da companheira para a cunhada e o irmão, ao, supostamente, esfaqueá-la neste domingo (24), em Sinop (480 km de Cuiabá).
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Janaina, atual presidente da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa (ALMT), lembrou que quatro dias antes do crime, Ana Paula compartilhou uma homenagem ao namorado e ressaltou que a violência "não tem cara".
"Infelizmente, o feminicida, o assassino, ele não tem cara, não tem classe social, não tem cor. Nós, mulheres, precisamos entender que a partir do momento que tem uma agressão verbal, física, que existia violência financeira, psicológica, não está certo e é preciso denunciar para que possamos rastrear as mulheres que estão em maior vulnerabilidade e risco de violência", falou Janaina Riva em vídeo no Instagram.
A deputada citou o Anuário de Segurança do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBS) que aponta Mato Grosso como o estado com a maior taxa de feminicídios. De acordo com o balanço, em 2024, foram 2,5 mortes a cada 100 mil mulheres. Nacionalmente, a taxa é de 1,4 mortes a cada 100 mil mulheres.
Recentemente, o estado fez história após o pacote antifeminícidio apresentado pela senadora Margareth Buzetti (PSD) ser aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente Lula (PT). O projeto de lei alterou o Código Penal, elevando de 30 para 40 anos o período máximo de reclusão para condenados por feminicídio. Porém, Janaina Riva acredita que a revisão da lei não é o bastante.
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"As penas mais duras não têm resolvido. Nós precisamos diuscutir a pena de morte e a prisão perpétua no Brasil. Não tem mais outro caminho para barrar os crimes contra as mulheres no nosso país e, especialmente, no nosso estado", finalizou.
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