O senador Wellington Fagundes (PL) reforçou sua postura conciliadora na política ao comentar a possibilidade de ser preterido pelo próprio partido na corrida ao governo de Mato Grosso em 2026. Apesar da movimentação crescente do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), cada vez mais associado ao bolsonarismo, Fagundes mantém o discurso de respeito e lealdade, inclusive ao atual governador Mauro Mendes (UB), que já sinalizou apoio ao seu vice.
“Política é o seguinte: quem cospe para cima pode cair na cara. Eu não sou político de xingar ninguém. Sempre trabalhei com respeito”, afirmou o senador durante entrevista na manhã desta segunda-feira (13).
Wellington aproveitou para relembrar episódios marcantes da sua trajetória, como quando teve sua pré-candidatura ao governo barrada pelo PL em nome de alianças nacionais, ou ainda, quando o ex-governador Blairo Maggi, após anunciar que não disputaria o Senado, recuou e lançou candidatura na última hora.
“O natural seria eu me rebelar. Mas não. Eu apoiei. Saí candidato a deputado federal e fui o mais votado da história de Mato Grosso, com mais de 140 mil votos nominais.”
Segundo ele, esse tipo de postura tem garantido sua longevidade política. “Na política, hoje o companheiro pode ser adversário e o adversário pode ser companheiro. É preciso ter responsabilidade.”
A declaração de Fagundes acontece em meio ao crescimento do nome de Pivetta, visto nos bastidores com mais viabilidade para congregar a extrema-direita, mesmo estando hoje no Republicanos.
Apesar do aparente isolamento dentro do próprio partido, Wellington, no entanto, garante que está trabalhando sua pré-campanha ao governo de forma independente, com base em visitas às bases e diálogo com lideranças municipais.
LEIA MAIS: WF ignora aproximação de Pivetta e reforça que Valdemar é quem definirá candidato