O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União Brasil), afirmou que trabalha para encontrar uma "vocação" para a Santa Casa em Cuiabá, que deixará o arcabouço do governo após a inauguração do Hospital Central, administrado pela Sociedade Beneficente Albert Einstein. Gilberto explicou que o governo faz repasses mensais ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), responsável por gerenciar a "massa falida" da unidade. Porém, o Hospital Central irá absorver 79% dos atendimentos, inviabilizando a manutenção da Santa Casa.
No entanto, o secretário ressaltou que a unidade "não deixa de ser necessária". Segundo ele, a Santa Casa já concentra a maior parte dos atendimento de urgência para crianças, e poderia ser aproveitada para suprir a lacuna à saúde infantil e gestantes, ampliando o número de leitos para partos, o que desafogaria a fila no Sistema Único de Saúde (SUS).
Estamos trabalhando para buscar uma vocação para atender outras necessidades
"Mas estamos trabalhando para buscar uma vocação para atender outras necessidades. A questão materna-infantil é uma necessidade do mucípio, há muito anos, décadas, não se amplia o número de leitos para maternidade, sobrecarregando o Santa Helena", falou Gilberto Figueiredo.
"Estamos trabalhando em uma solução e muito provavelmente esse hospital venha ser administrado pelo próprio município de Cuiabá", emendou o secretário.
MENDES ENDOSSA NEGOCIAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União Brasil) deu aval para que o secretário faça a interloculação com o prefeito Abilio Brunini (PL), fechando o acordo para que o Alencastro fique com a Santa Casa. No entanto, as obras de adaptação do antigo Pronto Socorro de Cuiabá para um Pronto Atendimento (PA) Infantil é um impasse na gestão Abilio. O prefeito defende que o Município assuma a Santa Casa, já a secretária de Saúde, Lúcia Helena Sampaio Barboza, não aprova.
O Hospital Central irá absorver 79% dos atendimentos, inviabilizando a manutenção da Santa Casa
SECRETÁRIA DE ABILIO REPROVA
Em entrevista ao podcast, a secretária pontuou que a Prefeitura está sob a vigência de um decreto de calamidade econômica em decorrência as dívidas herdadas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e tenta equilibrar a receita. Portanto, não há dinheiro em caixa para bancar duas obras simultâneas, uma vez que o prédio da Santa Casa está desatualizado e demanda um grande projeto de reestruturação.
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