Diferentemente do que chegaram a almejar bolsonaristas, não está no radar de Donald Trump impor sanções ao governo Lula, informam integrantes da Casa Branca à coluna.
O prognóstico de Washington, após análise de pesquisas, é que o presidente brasileiro perderá a eleição no próximo ano, “talvez no primeiro turno”, a despeito de quem seja o adversário.
Os Estados Unidos calculam que uma ofensiva contra Lula poderia provocar o efeito inverso e fazer com que o petista angarie o apoio de segmentos com os quais hoje não conta.
Diplomatas do Itamaraty têm atuado para tentar melhorar a relação entre Brasil e Estados Unidos e fazer com que Trump desista das sanções a Moraes.
Esse movimento se intensificou após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmar nesta quinta-feira (22/5) que há “grande possibilidade” de o magistrado ser sancionado com a severa Lei Magnitsky.
Por ora, a atuação do Ministério das Relações Exteriores se dá nos bastidores, sem a emissão de nota oficial condenando a fala de Rubio. Há no entorno de Lula, contudo, quem defenda que o presidente adote desde já um discurso enérgico contra as prováveis sanções, alegando interferência dos EUA na soberania do Brasil.
Trump moveu ação contra Moraes
Além de Alexandre Moraes, a Casa Branca estuda punir mais autoridades brasileiras, sobretudo as que atuaram para derrubar redes sociais e perfis de usuários.
Vale lembrar que Donald Trump é dono da Truth Social, uma das plataformas que ingressaram com ação contra Moraes nos EUA.
No STF, ministros têm dito que a pressão vinda do exterior não mudará a atuação da Corte.