O regime comunista da China, liderado pelo presidente Xi Jinping, prendeu ao menos 30 pastores e líderes da Igreja Zion em uma operação coordenada iniciada na última quinta-feira (9).
As detenções ocorreram em Pequim, Guangxi, Zhejiang e Shandong e foram descritas por agências internacionais como a mais ampla repressão a cristãos em anos.
Entre os presos está o pastor Ezra Jin Mingri, fundador da igreja, detido em sua casa na cidade de Beihai, no sul do país. Ele responde por “uso ilegal de redes de informação”, acusação que pode resultar em até sete anos de prisão.
Agentes confiscaram computadores, celulares e outros equipamentos utilizados pela congregação.
De acordo com o pastor Sean Long, porta-voz da Zion e exilado nos Estados Unidos, 150 fiéis foram interrogados e 20 líderes seguem detidos. A revista Bitter Winter relatou que as prisões foram planejadas de forma nacional e executadas simultaneamente em várias regiões.
Atividades e defesa
A Igreja Zion, fundada em 2007, cresceu para cerca de 10 mil fiéis em 40 cidades e se recusa a se submeter ao controle estatal. Em 2018, o governo chinês proibiu suas atividades após o grupo rejeitar a instalação de câmeras de vigilância em sua sede em Pequim.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, condenou as prisões e pediu a libertação imediata dos líderes religiosos. “Os Estados Unidos condenam a detenção de dezenas de líderes da Igreja Zion não registrada na China”, afirmou.
Organizações como a ChinaAid classificam a ação como a mais extensa onda de perseguição religiosa em quatro décadas, enquanto o governo chinês alega agir conforme a lei e rejeita interferência estrangeira.