O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), defendeu a posse de arma a produtores rurais. Fávaro disse que não tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) ou arma de fogo, mas acredita que ao ter um armamento, os produtores intimidariam criminosos e poderiam proteger sua família e patimônio. Para o ministro, essa é uma das alternativas para ampliar a segurança no campo.
"Não sou CAC, atirador esportivo. Conheço tantos amigos que são, sobrinhos, parentes, mas eu não sou. Eu não tenho arma de fogo, mas defendo publicamente a necessidade de que no campo o proprietário rural precisa e pode ter uma arma de fogo. Se o bandido, o criminoso souber que ele está desarmado, ele já está refém por natureza", falou Carlos Fávaro nesta quarta-feira (28).
"Eles terem a capacidade de pensar que aquele produtor tem uma arma de fogo para a sua defesa pessoal e do seu patrimônio é necessário, mas mais do que isso, a necessidade da conectividade do campo para ele acionar as forças policiais", emendou Fávaro.
A declaração foi feita durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para discutrir a redução de preços de alimentos. Além da posse de arma, o ministro também ressaltou a necessidade de investimentos para viabilizar o acesso a internet nos áreas rurais.
"Eu, por exemplo, tenho Starlink nas propriedades da minha família. Não é tão caro assim, é uma ferramenta muito importante", disse o ministro citando o equipamento fornecido de internet via satélite fabricado pelas empresas de Elon Musk.
Fávaro, inclusive, se comprometeu a articular com o Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o uso de recurso do presidente do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) para criar uma linha de crédito ao pequeno produtor para investir na estrutura tecnologica das propriedades.
"A partir de 2023, o BNDES começou a operacionalizar os recursos do FUST que é o fundo exatamente para a comunicação.Vou sugerir ao presidente Mercadante que crie uma linha com subvenção necessária, já que é um fundo público para que os pequenos produtores brasileiros, porque os grandes têm tecnologia, têm acesso, ele implementa a torre dentro da sua propriedade, mas que os primeiros pequenos proprietários brasileiros possam ter acerto a uma linha de crédito do BNDES, bastante subsidiada para que ele possa comprar a internet satelital e ter mais segurança de comunicação na sua propriedade. Não é só segurança, a comunicação, com a internet ele vai ter oportunidade de receber informações da Embrapa", finalizou.
