O procurador-geral da Câmara Municipal de Cuiabá, Eustáquio Inácio Neto, afirmou que a nova operação da Polícia Federal contra o vereador Chico 2000 (PL) não altera, por ora, sua situação institucional. O parlamentar foi alvo da Operação Rescaldo, deflagrada nesta quinta-feira (5), que apura suposta compra de votos nas eleições de 2020.
Durante a ação, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o vereador, que já se encontra afastado do cargo por determinação judicial, sob suspeita de envolvimento em esquema de corrupção ligado à aprovação de projetos de interesse da empresa responsável pela obra do Contorno Leste.
Apesar do novo desdobramento, Eustáquio Neto destacou que o pagamento do salário do vereador afastado será mantido, conforme decisão judicial anterior. “Veja, como se trata de uma operação da Justiça Eleitoral cumprida pela Polícia Federal, por enquanto nada muda em relação à postura da Câmara dos Vereadores", esclareceu.
O procurador explicou que qualquer possível providência da Casa de Leis dependerá da apuração dos fatos e dos desdobramentos do inquérito. “Posteriormente, após tudo isso ser esclarecido, a equipe e a Câmara Municipal, por meio da Comissão de Ética e Decoro, pode, sim, tomar as medidas que entenderem necessárias. Por hora, a Câmara fica apenas à disposição das autoridades para ajudar no que for necessário”, concluiu.
Com a decisão, Chico 2000 segue recebendo o salário de R$ 26 mil, mesmo afastado do mandato, conforme determinação da Justiça que considera o afastamento uma medida cautelar e não uma punição.
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