Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, aliados dele no Congresso Nacional defendem uma proposta de anistia geral, beneficiando o ex-presidente e outros réus, caso eles sejam condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), além dos investigados no inquérito das fake news, também conduzido pela corte.
Um texto protocolado na Câmara faz menção apenas aos condenados pelos atos extremistas do 8 de Janeiro, mas outros relatórios circulam nas mãos do grupo, trazendo uma nova versão ao texto.
A ideia ganhou fôlego a partir de movimentações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que veio pessoalmente a Brasília articular a votação do texto com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
As negociações ganharam o apoio de partidos do centro, como Republicanos, União Brasil e PP. O primeiro embarcou definitivamente na ideia por influência de Tarcísio. Os dois últimos mostraram-se alinhados à oposição ao deixarem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana e pressionarem os quatro ministros filiados às legendas a entregarem os cargos — gesto que evidencia a prioridade dos partidos nas eleições gerais de 2026.