O secretário de Educação de Cuiabá, Amauri Monge, que estará à frente da primeira 'supersecretaria' criada pelo prefeito Abilio Brunini (PL), fundindo os trabalhos da pasta com a Cultura, Esportes e Lazer, acredita que haja uma relação com sua passagem pelo staff do governador Mauro Mendes (União Brasil) e sua indicação para comandar a iniciativa. Amauri é ex-adjunto de Estado da Educação e terá o desafio de conciliar as decisões com os secretários de Cultura, Johnny Everson, e de Esportes, Jefferson Neves. Para evitar ruídos, Amauri diz que investirá no diálogo com os colegas.
"Acho que sim, porque quem nos credencia sempre é o nosso currículo. Então, eu acho que eu já tive a oportunidade de fazer coisas legais junto com o Allan Porto e com o Mauro Mendes e com o Pivetta lá no Estado e nós estaremos aqui também em Cuiabá em conjunto, sempre com muito diálogo", falou Amauri Monge nesta quinta-feira (4) no Palácio Alencastro.
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O cenário ainda é de indefinição. O próprio prefeito reconhece que 'caminham no escuro', deixando de precisar se a 'supersecretaria' - chamada por ele de laboratório - seguirá na gestão até o fim do mandato. Essa incerteza fica transparente no discurso de Abilio. O prefeito nega que hajam 'supersecretários', no entanto, nomeou Amauri como responsável pela tomada de decisões e agente público que responderá pelo orçamento. Ou seja, o titular da Educação terá mais autonomia do que Johnny e Jefferson.
A recomendação de Abilio aos secretários é a centralização. O prefeito anunciava que tentaria concentrar ao máximo o poder desde a campanha e agora com a 'caneta' em mãos, estabelece suas próprias regras. Segundo Amauri, a ideia é usar a gestão de Mauro como espelho
"O prefeito Abílio nos recomendou e vamos repetir a fórmula de sucesso que nós tivemos no Estado, dialogando muito com a sociedade, com os profissionais de educação e, com isso, a gente vai melhorar os índices de aprendizagem dos estudantes de 5º ano, essa é a fórmula".
FUSÃO ESTÁ PACIFICADA
Amauri também ressaltou que o clima não é de cooperação entre os três secretários e que não há divergências a serem conciliadas com Johnny Everson ou Jefferson.
"Eu sou amicíssimo do Jefferson, amicíssimo do Johnny, nós já fazemos diversas atividades em conjunto e vamos continuar fazendo ainda melhor agora", concluiu.
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