Desde a Idade Média, os alquimistas tentam transformar chumbo em ouro. Depois de muitos anos de experimentação, a ciência conseguiu o feito: pesquisadores do laboratório da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, em inglês) conseguiram produzir ouro ao colidir núcleos de chumbo em alta velocidade no maior e mais potente acelerador de partículas do mundo, batizado de Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês). O processo foi relatado no periódico Physical ReviewC na última quarta-feira (7/5).
“Graças às capacidades únicas dos ZDCs do experimento Alice, a presente análise é a primeira a detectar e analisar sistematicamente a assinatura da produção de ouro no LHC experimentalmente”, explica a física Uliana Dmitrieva, da colaboração Alice no Cern, em comunicado.
No total da segunda fase da operação do LHC (2015 a 2018), foram produzidos apenas 29 picogramas de ouro. Apesar de ser uma quantidade insignificante em termos econômicos, cientificamente, a produção tem importância.
“É impressionante ver que nossos detectores podem lidar com colisões frontais que produzem milhares de partículas”, diz o físico de partículas porta-voz da colaboração Alice, Marco van Leeuwen, da Universidade de Utrecht, na Holanda.
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