O ex-policial militar Dejair Silvestre dos Santos, preso por suspeita de obstrução à Justiça, passou 23 anos na Polícia Militar de Mato Grosso, até se aposentar em 2017. A prisão dele ocorreu durante mais uma fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Dejair ocupava o cargo de 3° sargento e recebia um salário de R$ 9,4 mil. Segundo a Polícia Federal (PF), atualmente, ele estava exercendo a função de segurança de Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado nas investigações como intermediador na negociação de decisões judiciais.
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Nessa segunda-feira (6), o ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a conversão da prisão em flagrante de Dejair para preventiva.
Em nota, a defesa de Dejair disse que respeita a decisão do ministro e que adotará as medidas cabíveis, e disse também que "o investigado nega a prática de obstrução e permanece à disposição da Justiça, confiando no pleno esclarecimento dos fatos e na integridade de suas garantias constitucionais".
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria-Geral irá abrir uma sindicância em desfavor do militar.
Atualmente, Andreson está em prisão domiciliar devido ao estado crítico de saúde e aparência esquelética enquanto esteve na cadeia (entenda mais abaixo). Ao g1, a defesa de Andreson informou não ter conhecimento sobre os desdobramentos da operação.
Segundo a polícia, Andreson atuava como lobista no Judiciário e teria sido responsável por aproximar dois desembargadores, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em 2023. Mensagens no celular de Zampieri levaram ao afastamento dos magistrados por suspeita de venda de decisões judiciais.