Um dos principais alvos da megaoperação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), deflagrada nesta terça-feira (28/10), é um dos traficantes mais procurados do Rio nos últimos anos.
O criminoso é Edgard Alves de Andrade, o Doca. Ele é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha e em outras comunidades da zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento – algumas recentemente conquistadas da milícia.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
O bandido é investigado por mais de 100 assassinatos, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores.
O nome do traficante aparece em mais de 329 investigações, desde 2003.
Sendo que, em outubro de 2023, Doca foi apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras.
Até a publicação desta matéria, a PCERJ não havia confirmado se o paradeiro do traficante foi identificado durante a operação policial.
Outros líderes
Segundo a denúncia, também exercem liderança na associação criminosa Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gardenal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão.
Eles emitem ordens sobre a comercialização de drogas, determinam as escalas dos criminosos nas “bocas de fumo” e nos pontos de monitoramento e ordenam execuções de indivíduos que contrariem seus interesses.
Além deles, foram denunciados 15 homens que exercem funções de gerência do tráfico, responsáveis pela contabilidade, abastecimento e outras funções. Os outros denunciados, segundo a ação penal, atuavam como “soldados”, realizando o monitoramento e a segurança armada. A denúncia foi recebida e os mandados foram expedidos pelo Juízo da 42ª Vara Criminal da Capital.
A operação
A ação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha. A ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE/PMERJ).
Ao todo, o Gaeco (MPRJ) denunciou 67 pessoas pelo crime de associação para o tráfico, e três homens também foram denunciados por tortura.
De acordo com o Ministério Público, por estar localizado próximo a vias expressas e ser ponto estratégico para o escoamento de drogas e armamentos, o complexo de favelas se tornou uma das principais bases do projeto expansionista da facção criminosa, especialmente em comunidades da região de Jacarepaguá.


















