Por:
Vanessa Orti
Terra
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Paola Co Carita Gobel foi presa em Piracicaba (SP) na semana passada por integrar quadrilha que teria montado um "escritório do crime" em uma casa alugada dentro de um condomínio de luxo para monitorar possíveis vítimas. A ‘Barbie do Crime, como é conhecida pela Polícia, possui passagens criminais e já foi condenada pelo furto de R$ 329 mil em relógios de luxo, em Belo Horizonte (BH).
O Terra teve acesso ao processo, que tramitou na 8ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. O caso ocorreu em 26 de outubro de 2022, em um apartamento no bairro Luxemburgo, quando ela e outros quatro suspeitos não identificados entraram no local e levaram 12 relógios de luxo, duas armas, duas bolsas e duas mochilas, todas de luxo, além de joias.
Conforme a ação, Paola foi até o condomínio em um Hyundai/HB20 com os comparsas, onde já estava o quarto cúmplice, que monitorava o trabalho do porteiro. Já no local, ela desceu do carro e entrou no prédio ao ter o acesso liberado pelo porteiro, pois o trabalhador achou que ela era uma visitante.
Dois dos comparsas ficaram na rua orientando a suspeita pelo telefone. Ela foi até o quarto do casal, mexeu no closet e arrombou o cofre com uma ferramenta, levando os seguintes itens:
Um relógio Rolex Submariner Date de aço e fundo preto - avaliado em R$ 80 mil;
Um relógio Rolex Submariner No Date de aço e fundo preto - avaliado em R$ 75 mil;
Um relógio Rolex Oystersteel 40 de aço e fundo branco - avaliado em R$ 60 mil;
Um relógio Rolex Oystersteel feminino de aço com ouro - avaliado em R$ 35 mil;
Um relógio Tag Heuer Carrera de fundo marrom em couro - avaliado em R$ 15 mil;
Um relógio Tag Heuer F1 Carrera de aço e fundo preto - avaliado em R$ 18 mil;
Um relógio Tag Heuer F1 Carrera Cronograph de aço - avaliado em R$ 15 mil;
Um relógio Tag Heuer Cronograph de aço e fundo azul - avaliado em R$ 15 mil;
Um Montblanc Cronograph de couro e fundo preto - avaliado em R$ 10 mil;
Dois relógios nacionais tipo Manoel Bernardes - avaliados em R$ 3 mil;
Um relógio HStern - valor não informado;
Um relógio Tissot - valor não informado;
Uma mochila Louis Vutton - avaliada em R$ 20 mil;
Uma mochila da marca Chanel avaliada em R$ 30 mil;
Uma pistola Glock G21 45mm, avaliada em de R$ 12 mil, com três carregadores com 14 munições cada;
Uma pistola Glock G19 9mm, avaliada em R$ 15 mil, com três carregadores com 17 munições cada;
33 joias, entre brincos, anéis, alianças, gargantilhas e colares.
Arrependida
Ainda segundo o processo, ela confessou o crime e alegou que seu companheiro devia drogas, recebendo uma proposta para participar do crime e quitar a dívida. A jovem teria sido ameaçada e obrigada a participar do furto com outros três rapazes que sabiam que o apartamento estava aberto.
Na ocasião, ela também era investigada por outro delito, do qual ela alegou ter sido confundida. Quanto ao furto dos relógios, ela afirmou ao juiz que estava arrependida.
“As explicações apresentadas pela acusada não autorizam, não justificam seus atos e não a eximem de sua responsabilidade penal. O fato de ter encontrado armas e as subtraído indica sua completa unidade de desígnios com os comparsas e indicam que ela não foi obrigada a se envolver ao ponto de fornecer armas para os comparsas, não havendo que se falar em dificuldades financeiras para abrandar sua responsabilidade, estado de necessidade ou inexigibilidade de conduta diversa”, apontou o juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca.
O magistrado apontou ainda que em 27 de dezembro de 2021, foi registrado um boletim de ocorrência contra ela por crime semelhante, em que ela também foi presa. Inclusive, policiais civis de São Paulo viram as imagens do caso de BH e constataram que era a mesma acusada.
Por ser ré primária na época, o juiz fixou a pena em três anos de prisão em regime aberto e a substituiu por prestação de serviços à comunidade e pagamento de dois salários mínimos a uma entidade. Um recurso apresentado pela defesa de Paola contra a sentença, mas foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
O Terra não localizou a defesa de Paola até o momento.
Prisão em Piracicaba
Paola foi presa na última quarta-feira, 19, em Piracicaba, com outros três suspeitos, todos com passagens pela Polícia por formação de quadrilha, furtos e roubos.
"Dentre esses presos, a gente pode destacar que havia dois que já haviam sido presos anteriormente até pelo Deic, Departamento Estadual de São Paulo, por práticas criminosas mais graves. Inclusive, essa moça que foi presa, através das fontes abertas, nós conseguimos as informações que ela teria até um apelido: 'Mulher Gato' e 'Barbie do Crime'. E eles estavam dentro dessa residência, muito provavelmente, já preparados para práticas criminosas", afirmou o delegado Marcel Willian Oliveira de Souza, da 1ª DIG/Deic.
De acordo com a EPTV, o grupo teria alugado uma casa em um condomínio de luxo da cidade, usando documentos falsos, e a transformaram em uma espécie de “escritório do crime”, com foco no roubo de residências.
"Eles estariam filmando as residências, escondendo o rosto, dando volta de carro e filmando as residências, então, levantou bastante suspeita, um comportamento anormal. Além do que, eles chegaram ao local sem mudança", completou.
Diante da situação estranha, o suposto locatário do imóvel foi identificado e ele refutou o envolvimento em qualquer tipo de locação. “Diante das inconsistências, análise de placas dos veículos fornecidos, trânsito desses veículos, nós representamos pela expedição do mandado de busca e apreensão, tendo em vista que ali poderia estar algum grupo planejando um ataque".
Além de documentos, celulares e drogas, um carro com placas adulteradas foi localizado e apreendido no local. A investigação vai se aprofundar no planejamento dos roubos que os suspeitos faziam.
Fonte: Portal Terra
















