A força-tarefa formada por agentes da Polícia Federal, Polícia Civil e integrantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, que prendeu o deputado TH Joias (MDB) nesta quarta-feira (03), no Rio de Janeiro, aponta que policiais militares faziam a segurança de traficantes do Comando Vermelho, maior facção do estado.
“Outra função era fazer a segurança tanto do transporte dos traficantes quanto de armas e drogas, comércio, e de dinheiro. Então eles faziam o leva e traz de interesse da facção. Ou seja, polícia fazendo escolta de traficante e de dinheiro e de drogas e de armas”, afirmou o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Fábio Galvão.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
Considerado um dos chefes do CV na Penha, Gabriel Dias de Oliveira, o “Índio do Lixão”, foi um dos 15 presos na ação desta quarta-feira (03). Segundo a PF, o traficante deve ser transferido para um presídio federal nos próximos dias. As investigações indicam que ele movimentou mais de R$ 120 milhões nos últimos cinco anos com a compra e venda de armas e drogas, principalmente no exterior.
Até o começo da tarde, a PF contabilizou 15 presos. Além de TH Joias, apontado como o braço político da facção, foram detidos Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, conhecido como Dudu — assessor nomeado por TH na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) —, Gabriel Dias de Oliveira, traficante do Comando Vermelho conhecido como “Índio do Lixão”, Alessandro Pitombeira Carracena, que já ocupou os cargos de secretário de Estado de Esporte e Lazer e de secretário Municipal de Ordem Pública do Rio, além de três PMs e um delegado da Polícia Federal, preso no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador.
A Alerj informou que tomou conhecimento do cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado TH. As diligências foram acompanhadas pela Procuradoria da Casa, que prestou apoio às autoridades competentes. A Assembleia Legislativa afirmou que segue acompanhando o caso.
A CNN tenta contato com a defesa dos citados. Também foram enviados pedidos de nota à Polícia Militar do Rio de Janeiro, sobre os PMs investigados, e ao Degase, sobre a suspeita de envolvimento de um servidor do órgão.