A adolescente que denunciou ter sido estuprada pelo pai com o consentimento da própria mãe sofreu as violências dos 10 aos 17 anos. A Polícia Civil do Amazonas (PCAM) investiga o caso e os genitores já foram presos.
Segundo a delegada Kássia Evangelista, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as investigações tiveram início após uma tia da vítima comparecer à unidade especializada, no dia 15 de novembro deste ano, e denunciar que a adolescente era abusada sexualmente pelo pai desde os 7 anos.
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“Ao saber da denúncia, o casal fugiu para Maraã, onde se hospedaram na casa de familiares do homem, em uma área de difícil acesso na zona rural do município, local em que ele foi capturado.” O homem foi preso no dia 6 de dezembro deste ano.
Após a prisão do homem, a adolescente fez um vídeo relatando que sua mãe autorizava que o agressor mantivesse os abusos sexuais contra ela “desde que ele não arranjasse outra mulher.”
“Quando tivemos acesso ao vídeo identificamos o quanto havia de participação direta da genitora, que agiu em coautoria com o marido. Ela também é suspeita de praticar o crime de tortura pela omissão imprópria, uma vez que faltou com o dever de proteção e cuidado, no episódio em que o autor espancou e raspou o cabelo da vítima”, declarou.
A Polícia Civil investiga, ainda, se há a participação ou conhecimento da mulher acerca do crime de exploração sexual, uma vez que houve uma época em que o homem chegou a levar a adolescente para dormir com outros homens.
A prisão
Com base nas informações, a Depca representou pela prisão preventiva da mãe, que também foi deferida pela Justiça.
De acordo com o delegado Rodrigo Beraldo, da 60ª DIP, a mulher estava escondida em outra residência que também pertence a familiares do companheiro.
“Após ele ser preso, ela saiu da zona rural e abrigou-se na residência de outros familiares do genitor, tendo compartilhado informalmente para os familiares que onde o marido estivesse, ela também estaria”, informou o delegado.
A adolescente foi direcionada ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA) e encontra-se com familiares maternos.



















