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Assassinato em BH

Delegada casada com homem acusado de matar gari é afastada da Polícia Civil de MG

O marido de Ana Paula, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, confessou ter usado o armamento pessoal da mulher para cometer o crime

Por 
Victor Veloso — Belo Horizonte
Foto-O Globo

 

 
 

A Polícia Civil de Minas Gerais afastou a delegada Ana Paula Lamego Balbino, casada com o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, preso em flagrante por suspeita de homicídio qualificado contra o gari Laudemir de Souza Fernandes. A informação foi confirmada à CBN pela instituição nesta quarta-feira (27).

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O afastamento foi concedido por 60 dias, sob justificativa de tratamento de saúde no Hospital da Polícia Civil. A medida começou dois dias após o crime, mas só agora foi confirmada pela corporação. A Polícia Civil não detalhou qual problema de saúde levou ao afastamento.

Paralelamente, Ana Paula responde a um processo administrativo instaurado pela Corregedoria. Isso porque a arma usada por Renê Júnior no crime era de uso pessoal da delegada. Ele admitiu que pegou a arma sem que ela soubesse.

Diante disso, a Polícia Civil informou que o procedimento disciplinar vai apurar, “com rigor e transparência”, a eventual conduta da servidora, considerando o vínculo pessoal dela com o suspeito detido.

Antes do afastamento, Ana Paula estava lotada na Casa da Mulher Mineira, unidade policial inaugurada em 2022. Ela também é autora do livro Violência Doméstica e Políticas Públicas de Enfrentamento.

O inquérito sobre a morte do gari segue em andamento e deve ser concluído até o início da próxima semana, após a Justiça conceder prazo adicional às investigações.

Empresário acusado de matar gari em Belo Horizonte presta depoimento. — Foto: Reprodução/ TJMG

Empresário acusado de matar gari em Belo Horizonte presta depoimento. — Foto: Reprodução/ TJMG

Investigação do homicídio

Inicialmente, Renê Júnior confessou o disparo, mas depois afirmou não imaginar que tivesse atingido alguém. Segundo ele, a confusão começou com outro trabalhador da coleta de lixo. O empresário contou que saiu do carro armado, efetuou um disparo em direção aos coletores e deixou o local em seguida.

Renê disse que só soube da morte de Laudemir ao sair da academia, quando foi abordado por policiais militares. Testemunhas, no entanto, relataram que o tiro foi intencional. Ele alegou ainda que, no dia do crime, estava ansioso e não tomou a medicação que costuma usar, mas não soube especificar qual.

A defesa afirma que o empresário está arrependido e espera reduzir a pena com a confissão. A CBN não conseguiu contato com a delegada.

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