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Antes da prisão do marido

Delegada casada com empresário que matou gari fez 29 consultas ao boletim de ocorrência

Ana Paula Balbino também conversou com o autor do homicídio por telefone

Administração

Por 
Débora Costa
 — Belo Horizonte-CBN

 

 
 

A delegada Ana Paula Balbino, mulher do empresário que matou o gari em Belo Horizonte, chegou a consultar 29 vezes o boletim de ocorrência do crime antes do marido Renê Júnior ser preso. Além disso, ela teve conversas com o autor do homicídio por telefone e também falou com um parente da suspeita do envolvimento do empresário no caso.

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As informações constam no inquérito da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais, que indiciou Ana Paula por prevaricação, por não ter agido enquanto agente público. Os detalhes foram divulgados pelo jornal Estado de Minas. O processo foi colocado sob sigilo pela Justiça.

O gari Laudemir Fernandes foi morto a tiros por Renê no dia 11 de agosto. Após o crime, a Corregedoria iniciou uma investigação paralela à da Delegacia de Homicídios para apurar a conduta da delegada.

Para isso, o órgão pediu acesso ao conteúdo das conversas por telefone entre Ana Paula e o marido para análise. A conclusão é de que a delegada tomou ciência do crime, mas, mesmo assim não acionou as autoridades.

De acordo com o inquérito, a agente fez pesquisas no sistema policial do próprio nome, placa do carro do casal e, ainda, consultou o nome de Laudemir. Ela também chegou a ligar 23 vezes para o marido e, ainda, comentou com o irmão sobre a suspeita do envolvimento de Renê no crime, a partir de notícias que saíram na imprensa.

Além da prevaricação, a Corregedoria também apura se houve transgressão disciplinar por parte da delegada, que, se confirmada pode resultar no afastamento dela ou exoneração. Na esfera criminal, Ana Paula responde por porte ilegal de arma de fogo por ceder o dispositivo usado no crime para uso do marido.

Procurada, a defesa de Ana Paula disse que não vai se manifestar a respeito de qualquer conteúdo decorrente da investigação da Corregedoria-Geral de Polícia Civil, pois o caso tramita em segredo de justiça.

Além da delegada, o empresário Renê Júnior já virou réu pelos crimes de homicídio qualificado, ameaça, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.

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