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Feijoada envenenada

Comparsa confessou ter matado 10 cachorros para testar dose de 'chumbinho'

Comparsa confessou ter matado 10 cachorros para testar dose de 'chumbinho'

Administração

Por Jefferson Monteiro, Klara Faria, Henrique Coelho, g1 Rio e TV Globo
Foto-G1-Globo
 
 
 

Uma das mulheres envolvidas na morte de um idoso com uma feijoada envenenada confessou à polícia ter matado 10 cachorros com chumbinhoO objetivo era testar o efeito do veneno.

O delegado que investiga o caso, Halisson Ideiao, explicou que agentes encontraram terbufós na residência de Ana Paula VelosoTrata-se de um agrotóxico um pouco mais leve que chumbinho. Halisson afirma que Ana Paula testou a substância por ter conhecimento na área da saúde. 

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“Ela confessa que chegou a matar 10 cachorros com esse veneno testando o método, o tempo. Ela sabia exatamente quanto tempo, a dosagem, o que ia acontecer com as pessoas que consumiam aquilo que era oferecido por ela”, afirmou Halisson. 

Ao g1, o delegado afirmou que a polícia de São Paulo também investiga a participação de Roberta, irmã gêmea de Ana Paula. "Ela participou ativamente da morte do Neil também, dando auxílio moral e material".

Ana Paula Veloso, presa por envenenar vítimas em Guarulhos, São Paulo — Foto: Reprodução

Ana Paula Veloso, presa por envenenar vítimas em Guarulhos, São Paulo — Foto: Reprodução

O delegado definiu Ana Paula como uma “psicopata”. Ele veio de São Paulo para acompanhar a exumação do corpo de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morto em abril deste ano.

O delegado afirmou que Michele Paiva da Silva, filha de Neil, financiou a vinda de Ana Paula Veloso de Guarulhos para o Rio para executar o plano de matar Neil. Ambas estão presas — Michele foi pega nesta terça-feira (7).

 
Michele, presa nesta semana por matar o próprio pai no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Michele, presa nesta semana por matar o próprio pai no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

“Ana Paula Veloso foi até a nossa delegacia por causa de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse suposto bolo envenenado para tentar incriminar uma terceira pessoa. Por este inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula não era vítima nesse caso, mas sim uma serial killer”, declarou. 

“Ana Paula matou 4 pessoas envenenadas, entre elas o Neil, a mando da Michelle”, disse o delegado. 
Neil, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense — Foto: ReproduçãoNeil, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense — Foto: Reprodução 

Exumação 

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (9), no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, Zona Norte da capital, a exumação do corpo de Neil. O exame é necessário para descobrir se houve envenenamento.

Neil morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, horas depois de consumir a feijoada. A polícia suspeita de envenenamento, embora a certidão de óbito do aposentado aponte como causa da morte insuficiência respiratória aguda, cetoacidose diabética, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva.

Segundo a polícia, as investigações demonstraram conexão entre a morte ocorrida na Baixada Fluminense e outros 3 envenenamentos em Guarulhos (SP), todos atribuídos a Michele e Ana Paula.

Michelle, suspeita de matar o pai envenenado com feijoada, é presa — Foto: Reprodução

Michelle, suspeita de matar o pai envenenado com feijoada, é presa — Foto: Reprodução 

Ao jornal ‘O Globo’, o delegado Renato Martins, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), explicou que já investigava a morte suspeita do aposentado, após a denúncia feita por uma testemunha, quando a polícia paulista procurou a especializada para informar que Ana Paula havia sido presa.

Ana foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo pelas mortes relacionadas ao envenenamento.

Segundo as investigações, Michele e Ana Paula estavam na companhia do aposentado, no interior da residência dele, em Duque de Caxias, quando o idoso passou mal, após comer uma feijoada.

Uma quebra de sigilo telefônico, autorizada pela Justiça, revelou que no celular usado por Ana havia conversas das duas mulheres. Segundo a polícia, uma das mensagens falava sobre a hipótese do pai de Michele ser envenenado com uma feijoada. Conforme as investigações, pai e filha não mantinham um bom relacionamento.

A estudante foi detida após ter tido a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo. Informalmente, ela negou o crime, e chorou ao chegar na delegacia.

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