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ADVOGADO MORTO

Assassinato de Renato Nery começou a ser planejado 90 dias antes, em Primavera

As investigações demonstraram os períodos em que os planos começaram

VILMAR KAIZER com Repórter MT

As investigações da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, mostraram que os envolvidos na morte do advogado Renato Nery levaram cerca de 90 dias para planejar o crime.

Ele foi assassinado a tiros no dia 5 de julho de 2024 em frente ao seu escritório de advocacia, na Avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá.

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A investigação identificou o caseiro Alex Roberto de Queiroz, como o executor e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira como envolvidos diretamente na execução do crime.

 

Mas antes disso, segundo o delegado Bruno Abreu, que atua nas investigações, Heron teria alugado a chácara, que fica localizada em Várzea Grande, no dia 16 de abril. e no dia 17 ele esteve em Primavera do Leste para tratar do crime com o policial militar Jackson Pereira Barbosa, que também está preso por ser um dos intermediários do assassinato. 

Um crime desse de mando, você coloca aí em torno de 30 a 90 dias antes do crime”, explicou o delegado Bruno Abreu. 

O Heron, que confessou a participação praticamente direta no crime, alugou a chácara no dia 16 de abril e um dia depois, ele se dirige a Primavera do Leste para tratar do assunto com um dos presos, que é o Jackson. Então você coloca aí mês de março a abril, mais ou menos, pra gente foi o início da tratativa”, completou. 

Alex e Heron foram indiciados, na última sexta-feira (09), pelo crime de homicídio qualificado.

Mandantes

Também na sexta-feira, a Polícia Civil prendeu o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, moradores de Primavera do Leste, apontados como mandantes do crime. Eles teriam prometido aos policiais o pagamento de R$ 200 mil pela morte de Renato Nery. No entanto, eles só teriam pago R$150 mil.

Durante a oitiva, Cesar Sechi ficou em silêncio. Já Julinere deverá ser ouvida nesta terça-feira (13).

Outros envolvidos

A Polícia Civil indiciou também outros quatro policiais militares envolvidos indiretamente na morte do advogado. São eles: Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins.

Segundo as investigações, eles teriam armado um suposto confronto entre criminosos e a Polícia Militar para esconder a arma utilizada no assassinato de Renato Nery.

A suposta ocorrência foi registrada sete dias após o crime.

No confronto armado, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas. Diante disso, os quatro foram indiciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual.

Outro policial militar, identificado como Ícaro Nathan Santos Ferreira, também está preso por envolvimento no caso Renato Nery.

Ao todo, nove pessoas estão presas. A Polícia Civil investiga ainda a participação de outras pessoas no crime.

O homicídio

Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho do ano passado (2024), na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.

A motivação do crime foi uma disputa de terras.

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