Alvo da Operação Apito Final, deflagrada em 2024, Emerson Ferreira Lima, conhecido como ‘Gordinho’ ou ‘DG’, voltou à mira da Polícia Civil, nesta quarta-feira (10). Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Tempo Extra, ‘DG’ quebrou o celular e acabou preso em flagrante por tentar atrapalhar a apuração.
“Gordinho”, é considerado o “contador” do Comando Vermelho e braço forte de Paulo Witer Farias Paelo, o “WT”. Na Apito Final, ele era o responsável por fazer a contabilidade do dinheiro arrecadado no tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, além de gerir a distribuição de cestas básicas para famílias indicadas por detentos de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE).
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Após a deflagração da Apito Final, ele ficou meses foragido e teve a prisão preventiva revogada pelo juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá em dezembro do ano passado, assim como outros alvos da ação.
Segundo o delegado Rodrigo Azem, a atitude de quebrar o celular demonstra que o conteúdo do aparelho era comprometedor. “Nós tivemos uma situação em que um dos investigados tentou obstruir as investigações, jogando o seu aparelho celular em outra residência, mas o aparelho foi prontamente recuperado. Isso só demonstra que se a pessoa teve força de fazer de algo é porque realmente tinha situações relevantes ali que ele não queria que a polícia viesse a acessar”, pontou Azem, em coletiva de imprensa.
A OPERAÇÃO
A ‘Tempo Extra’ é um desdobramento da Operação Apito Final, que investigou a organização criminosa comandada por WT, sendo responsável pelo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O grupo atuava no Jardim Florianópolis em Cuiabá. A ação culminou na prisão de WT. Com isso, o grupo precisou se reestruturar e outro faccionado, Joseph Ibrahim Khargy Junior, assumiu a vaga deixada pelo tesoureiro do CV. As investigações demonstraram que a organização continuou com as práticas ilícitas.
Ao todo, foram cumpridas 15 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juízo das Garantias, sendo um mandado de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão, três de sequestro de veículos e uma suspensão de atividade econômica, além de bloqueios de valores em contas bancárias, no valor de R$ 1 milhão.