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Notícias do Agro Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025, 15:04 - A | A

Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025, 15h:04 - A | A

Conflito fundiário no Sul da Bahia

Produtores denunciam cerco armado em fazenda ocupada

Força Nacional esteve no local, mas produtores relatam abandono e insegurança

 

 
Agrolink - Aline Merladete
 
Foto: Divulgação

Um novo episódio de tensão fundiária marcou a última sexta-feira (8), no distrito de Cumuruxatiba, município de Prado (BA), onde produtores rurais afirmam ter sido cercados por um grupo armado durante tentativa de vistoria à Fazenda Imbassuaba. A propriedade está ocupada desde o domingo anterior. 

Segundo os produtores, ao chegarem ao local para verificar se a sede havia sido arrombada, foram recebidos a tiros. Imagens de drone identificaram Ricardo Oliveira Azevedo, ex-secretário municipal de Prado, como autor de um dos disparos. O material foi encaminhado à Polícia Federal.

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A situação se agravou com a chegada da Força Nacional. Conforme os relatos, os invasores esconderam as armas de fogo e passaram a usar objetos contundentes, mesmo na presença dos agentes. Um produtor foi agredido com um pedaço de madeira, e os demais relatam ameaças constantes. A sede da fazenda não pôde ser vistoriada, e os produtores foram escoltados para fora da área. 

“O Estado está ausente. Fui tratado como criminoso por tentar entrar na minha propriedade, enquanto os invasores seguem impunes”, desabafa o proprietário, que preferiu não ser identificado.

Crise se repete e causa prejuízos milionários
A situação em Cumuruxatiba não é isolada. Segundo a Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia (Agronex), desde 2022 há registro de invasões semelhantes na região, com roubo de café, gado e maquinário, além da expulsão de famílias sob ameaça armada.

“A luta não é contra indígenas, mas contra criminosos que se escondem atrás de uma causa legítima. O prejuízo já ultrapassa R$ 500 milhões”, afirma o presidente da Agronex, Mateus Bonfim.

A entidade alerta para o uso de armamento pesado, apoio logístico com veículos oficiais e a falta de resposta das autoridades estaduais e federais diante do agravamento do conflito agrário.

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