O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro iniciou 2025 em forte ritmo de crescimento. De acordo com dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o setor avançou 6,49% no primeiro trimestre deste ano, mantendo a trajetória de recuperação observada no final de 2024. 

Segundo a análise, todos os segmentos da cadeia produtiva registraram desempenho positivo entre janeiro e março. O setor de insumos teve alta de 4,45%, enquanto o setor primário se destacou com um salto de 10%. A agroindústria cresceu 3,18% e os agrosserviços registraram expansão de 6,27%.

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No recorte por atividade, a agropecuária também mostrou força. A agricultura cresceu 5,59%, impulsionada principalmente pela valorização dos preços e pelo aumento da produção de commodities como soja, milho, café e trigo. Já a pecuária avançou 8,50%, com destaque para a bovinocultura de corte e leite, suinocultura e produção de ovos, beneficiadas tanto pelo aumento da produção quanto pela elevação dos preços. 

O grande protagonista do trimestre foi o setor primário, que apresentou expressivo crescimento tanto na produção agrícola (10,78%) quanto na pecuária (8,58%). Esses resultados refletem a combinação de preços mais altos e expectativa positiva de colheita e produção animal.

Com esse desempenho robusto no início do ano, a projeção é de que o PIB do agronegócio brasileiro alcance R$ 3,79 trilhões em 2025 — sendo R$ 2,57 trilhões oriundos do ramo agrícola e R$ 1,22 trilhão do segmento pecuário.

Se essa tendência se mantiver, a participação do agronegócio no PIB nacional poderá chegar a 29,4% até o fim de 2025, superando os 23,5% registrados no ano anterior. Esse avanço reforça a relevância estratégica do setor para a economia brasileira e evidencia sua capacidade de recuperação diante dos desafios enfrentados nos últimos anos.