A falta de umidade no solo tem causado preocupação em diversas regiões produtoras de mandioca acompanhadas pelo Cepea. A seca vem dificultando a colheita da raiz, reduzindo a oferta no mercado e impactando diretamente a cadeia produtiva. Muitos produtores, desmotivados pela baixa rentabilidade, optaram por adiar as vendas, o que diminui ainda mais a disponibilidade do produto.
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Com menos mandioca chegando às indústrias, fecularias e farinheiras registraram, na última semana, uma moagem abaixo do esperado. Essa limitação na oferta manteve a pressão sobre os preços da raiz, que continuam em alta. A escassez vem sendo sentida em praticamente todas as regiões avaliadas, reforçando a preocupação com o abastecimento nas próximas semanas.
No mercado de fécula, o cenário foi de maior movimentação. Compradores intensificaram as aquisições para recompor e manter estoques, o que aumentou o interesse por lotes maiores do derivado. A demanda aquecida elevou as negociações e ajudou a sustentar os preços.
Já para a farinha de mandioca, a procura também cresceu na última semana. No entanto, a baixa produção e os estoques curtos impediram que os volumes negociados fossem mais expressivos. Essa combinação de oferta restrita e demanda firme tem mantido o mercado aquecido e os preços elevados.
Para o consumidor brasileiro, essa situação pode se refletir diretamente no bolso. A mandioca e seus derivados — como a farinha e a fécula — fazem parte da base alimentar de milhões de famílias e são amplamente utilizados em pratos tradicionais e produtos industrializados. Com os custos de produção e moagem em alta, é possível que os preços desses itens subam nas feiras, mercearias e supermercados.
Caso as chuvas não retornem e as condições de colheita não melhorem, o cenário tende a se agravar, impactando não apenas os produtores, mas também o consumidor final. A mandioca, que sempre foi uma opção acessível na mesa do brasileiro, pode se tornar mais cara nos próximos meses se o clima continuar desfavorável.