Segundo informações do IMEA, enquanto a pluma de algodão segue em queda, os coprodutos mostram movimento distinto no mercado. Em setembro de 2025, o caroço foi cotado em média a R$ 914,74/t em Mato Grosso, registrando queda de 1,97% em relação a agosto, mas valorização expressiva de 53,57% frente a setembro de 2024. 

De acordo com o instituto, o aumento reflete a maior demanda por caroço de algodão para a produção de óleo, estimulada pela elevação da mistura de biodiesel no diesel. Esse cenário tem garantido maior procura pelas indústrias, sustentando os preços em patamares elevados.

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O óleo de algodão também acompanhou a tendência positiva. O IMEA destacou que, em setembro, o produto foi negociado em média a R$ 5.519,89/t no estado, alta de 35,48% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a torta de algodão apresentou estabilidade, com cotação média de R$ 955,13/t na última semana do mês. Ainda assim, segundo o IMEA, o derivado segue valorizado pela demanda no segmento de alimentação animal. 

Os dados indicam que, mesmo em um cenário de pressão sobre a pluma devido à oferta global elevada e às incertezas do comércio internacional, os coprodutos garantem alívio ao setor. Para o instituto, a diversificação de mercados mostra-se estratégica para equilibrar a receita dos produtores.

O IMEA avalia que a continuidade da demanda por biodiesel deve sustentar os preços do caroço e do óleo nos próximos meses. Assim, apesar das incertezas quanto ao comportamento da pluma, os derivados permanecem como uma importante fonte de estabilidade para a cadeia algodoeira em Mato Grosso.