Segundo informações da TF Agroeconômica, os mercados internacionais de grãos abriram esta terça-feira (08/07) com tendência de baixa, refletindo a combinação de incertezas comerciais e avanços nas colheitas nos Estados Unidos e Europa. O trigo caiu novamente na Bolsa de Chicago: o contrato setembro/25 fechou em US$ 546,00 por bushel (-2,50) e o dezembro/25 em US$ 567,25 (-3,00).
No Brasil, o indicador CEPEA apontou recuos de -0,52% no Paraná (R$ 1.476,58) e -0,26% no Rio Grande do Sul (R$ 1.330,21). A pressão vem do ritmo acelerado da colheita de inverno nas Grandes Planícies dos EUA e de partes da União Europeia e região do Mar Negro.
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O USDA informou ontem que 53% da área de trigo de inverno já foi colhida, enquanto a proporção de lavouras em boas/excelentes condições permanece em 48%, abaixo dos 51% do mesmo período de 2024. Já o trigo de primavera teve redução na qualidade, com apenas 50% das lavouras em bom estado, frente aos 75% do ano passado. No Brasil, a Conab registrou avanço no plantio, com 79,5% da área projetada já cultivada e início da colheita em Goiás, com 1,9% da área colhida.
A soja também recuou. Em Chicago, o contrato agosto/25 caiu para US$ 1.025,75 (-5,75) e o maio/26 para US$ 1.059,25 (-1,25). No Brasil, os preços CEPEA apontaram quedas de -0,45% no interior do PR (R$ 129,04) e -0,36% em Paranaguá (R$ 135,68). A retração é influenciada pela redução das compras da China e a indefinição nas negociações comerciais dos EUA. O USDA informou que 66% das lavouras de soja estão em boas condições, e 32% já florescem.
O milho seguiu a tendência negativa, com o contrato CBOT recuando para US$ 416,50 (-1,50). No Brasil, o milho B3 caiu para R$ 61,61 no julho/25 e R$ 71,40 no janeiro/26. O CEPEA registrou desvalorização de -0,95% no dia, cotando o cereal a R$ 63,44. Além das tensões comerciais, os fundamentos vêm do bom estado das lavouras nos EUA, com 74% em condições boas/excelentes e avanço da polinização. No Brasil, a Conab informou que 27,7% da área da safrinha já foi colhida.