Depois da forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que elevou rapidamente os preços dos fertilizantes, especialmente da Ureia, o mercado voltou a algum equilíbrio em 2025. Segundo o Itaú BBA, as cotações dos principais nutrientes recuaram parcialmente e todos os produtos registraram queda em relação às máximas de julho, tanto em dólares quanto em reais. Em moeda local, o map atingiu as mínimas do ano, enquanto a Ureia já opera próxima aos níveis observados no mesmo período de 2024.
Nos últimos três meses, a relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros melhorou de forma consistente. Nitrogenados e potássicos retornaram à média histórica, embora os fosfatados sigam acima. A exceção é o café, cujas relações estão nas mínimas históricas devido ao preço elevado do grão. Esse ambiente abre espaço para acelerar compras atrasadas para a safrinha de 2026 ou até antecipar negociações do pacote tecnológico da safra de verão de 2027.
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Um fenômeno marcante de 2025 é a migração crescente para fertilizantes de menor concentração de macronutrientes. No mercado de nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) vem apresentando custo por ponto percentual de N mais atrativo do que a ureia. Entre os fosfatados, o preço nominal mais baixo tem impulsionado a demanda por supersimples (SSP) e, em menor escala, por supertriplo (TSP), deslocando parte do consumo do tradicional MAP.
O efeito dessa mudança já aparece na balança comercial. Entre janeiro e outubro de 2025, as importações de SAM superaram as do mesmo período de 2024, e o mesmo ocorreu com o SSP em relação ao MAP — algo inédito nos dois mercados. Esse movimento reforça a busca do produtor por alternativas mais competitivas em um cenário de custos ainda sensíveis e planejamento apertado para as próximas safras.
















