Segundo relatório do Itaú BBA, a fraqueza atual no mercado de CBios se deve principalmente ao excesso de oferta, apesar da influência do noticiário sobre o Renovabio e decisões judiciais. A produção elevada de etanol no Centro-Sul e Nordeste em março e abril impulsionou as vendas, enquanto um desconto concedido às distribuidoras reduziu as metas individualizadas em 1,5 milhão de créditos. No entanto, o banco não espera que esse cenário se mantenha ao longo do ano. 

“O humor do mercado de CBios é reconhecido por ser muito influenciado pelo noticiário sobre possíveis mudanças de regras do programa Renovabio (e das liminares de justiça), porém a atual fraqueza do mercado se dá principalmente pelo excesso de oferta do crédito de descarbonização. As vendas de etanol hidratado foram mais fortes do que esperado em março e abril, por conta da produção maior tanto no CS e NE do Brasil”, comenta.

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A projeção para 2025 indica queda de 4% nas vendas de etanol combustível e aumento da participação do etanol de milho de 23% para 29%. Embora a eficiência energética do milho e da cana seja similar, apenas 67% do volume de milho é elegível para CBios, contra 88% da cana, segundo a ANP. A geração total de créditos em 2025 deve alcançar 40,8 milhões, considerando etanol, biodiesel (B14) e bio-GNV. 

Com metas individualizadas de 49,5 milhões de CBios, mas 10,6 milhões sem previsão de aposentadoria, a expectativa é de 38,9 milhões de créditos efetivamente cancelados. Mesmo assim, os estoques devem crescer 2,1 milhões, chegando a 18,5 milhões de CBios no fim de 2025. A tendência para o 2º semestre é de maior equilíbrio entre oferta e demanda. A média mensal de depósitos deve cair de 3,5 para 3,3 milhões de créditos, o que pode sustentar os preços dos CBios, especialmente no 4º trimestre, segundo o Itaú BBA.