O mercado de açúcar em Nova Iorque registrou correção nesta terça-feira (07), após forte valorização no início da semana. De acordo com a StoneX, o contrato SBH26 do açúcar bruto fechou a sessão em US¢ 16,63/lb, recuo de 18 pontos (-1,1%) em relação ao pregão anterior. O março/26 abriu em firme retração, testando a mínima intradiária de US¢ 16,39/lb ainda na madrugada brasileira, operando de forma lateral ao longo do dia e com recuperação parcial nas últimas horas, sem conseguir reverter a queda. 

Entre os fatores que sustentam a pressão vendedora, destaca-se a valorização do dólar no cenário internacional, que aumenta a aversão ao risco e influencia ativos considerados mais arriscados. O Dollar Index avançou 0,53% e o par real/dólar subiu cerca de 0,8%, cotado próximo de R$ 5,35, em meio a temores sobre a condução da política fiscal no Brasil. Conforme a StoneX, “o real se enfraqueceu nesta terça-feira, acompanhando o movimento global de valorização do dólar, impulsionado pelas perdas do iene japonês e do euro, em meio à intensificação de ruídos políticos nas duas economias”. 

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Além do cenário macroeconômico, os fundamentos do açúcar seguem limitando altas mais expressivas. Relatos recentes da Índia indicam que enchentes em Maharashtra podem prejudicar a produção local de cana, mas os impactos ainda são incertos. O mercado mantém atenção para o início da colheita, previsto apenas para novembro, aguardando informações mais concretas sobre oferta e qualidade da safra. Para o médio prazo, analistas projetam uma safra internacional superavitária em 2025/26 e um ciclo 2026/27 no Centro-Sul brasileiro com recuperação da moagem e do ATR.