Na tarde desta terça-feira (20), o Governo do Estado realizou uma operação na Reserva Extrativista (Resex) Guariba Roosevelt – município de Colniza – e efetuou a prisão em flagrante de seis pessoas por exploração ilegal de madeira. Além de extrair eles ainda processavam a tora.
Os agentes ainda efetuaram a apreensão de um trator grande, 80 toras e uma motocicleta que estavam em um acampamento ilegal. Outras máquinas deverão ser apreendidas. Elas estão em meio à mata e as equipes de fiscais continuam fazendo buscas.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
A ação é desdobramento da Operação Mata Verde realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, no início do ano. Na oportunidade três pessoas foram detidas. Elas são acusadas de grilagem de terra. Outras 100 foram notificadas por invasão de área de propriedade da população tradicional da Resex.
“Além dos crimes ambientais, essas pessoas estão colocando em risco a vida dos povos tradicionais e de índios isolados que vivem na divisa com a unidade”, disse o coordenado de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas (Cuco), Alexandre Batistella.
Outro fato que chamou a atenção é que os exploradores construíram uma ponte de madeira capaz de suportar uma grande escoação de carga pesada. Isso levou os fiscais a acreditarem que o processo de extração era grande. A fiscalização é feita por 20 pessoas
O monitoramento trocou informações junto à Fundação do Índio (Funai) a partir da Frente de Proteção Etnoambiental Madeirinha-Juruena que encaminhou ofício à Sema falando dos problemas de invasão de terras indígenas.
Com o objetivo de identificar o líder responsável pelo caso, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Luiza Peterlini, disse que enviará relatório aos Ministérios Públicos do Estado e Federal.
Ainda na Operação Mata Verde os fiscais fizeram as notificações e agora deverá fazer a retirada do povo que vive nas terras da Resex, através de ordem judicial. Para Batistella a invasão da propriedade foi motivada por políticos daquela região que tem o objetivo de extrair madeira e grilagem de terra.
As investigações apontam que os invasores são treinados para entrar na área, delimitar lotes, derrubar madeira para venda, desmatar a reserva e queimar para limpar e rapidamente construir barracos. Com isso eles declaram consolidado – uma forma de dificultar a identificação por parte da Polícia Militar (PM).
Assim como Colniza, outras três cidade deverão receber o governador Pedro Taques-PSDB e a secretária de Meio Ambiente, Peterlini, para realização de uma audiência pública para discutir a questão do desmatamento da Amazônia Legal.