O policial militar Raylton Duarte Mourão, assassino confesso da personal trainer Rozely da Costa Nunes, alegou em depoimento ter sido atormentado durante três dias por pensamentos que ele descreveu como “um demônio na cabeça”. As informações foram dadas pelo delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta terça-feira (23), em coletiva à imprensa.
Apesar da narrativa, o delegado não acredita que o crime tenha sido cometido por impulso e entende que houve premeditação. O PM contou que passou três dias pensando no crime, tentando resistir à compulsão que o levou a sair de casa às 3h da manhã e cometer o homicídio.
“A vítima saía de casa entre 5h e 6h da manhã. Ninguém sai às 3h da manhã rondando a casa sem saber exatamente onde ela mora”, afirmou Abreu, explicando os motivos que o levam a acreditar na premeditação.
O delegado disse ainda que Raylton demonstrou arrependimento e confessou que o motivo do assassinato foi uma disputa judicial após um acidente envolvendo a vítima e um veículo de sua empresa. No entanto, sair de madrugada, com a esposa dormindo, para que ela não soubesse, seria uma contradição para alguém que estivesse agindo por impulso.
“Ele buscou o seu comparsa, que será identificado e preso, praticou o crime e deixou o comparsa a pé para disfarçar e dificultar a investigação”, acrescentou.
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O policial militar teve mantida sua prisão por decisão do juiz Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, e foi determinado que ele faça tratamento psiquiátrico, já que alega ter depressão, síndrome do pânico e outros transtornos.