Por unanimidade, a Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou provimento a um recurso interposto pelos advogados de Erneci Afonso Lavall e negou o bloqueio de bens de Inês Gemilaki, Eder Gonçalves e Bruno Gemilaki Dal Poz, presos pelo assassinato dos idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, sogro do alvo dos criminosos, e Rui Luiz Bogo, de 68 anos, praticado em abril de 2024. A decisão foi proferida no dia 7 de maio e disponibilizada na última segunda-feira (19).
Na ação, a defesa de Erneci argumenta que o recurso tem como objetivo assegurar o resultado útil do processo e prevenir a dilapidação patrimonial da família Gemilaki e Eder.
Isso porque, o trio estaria gastando o dinheiro através de terceiros para evitar o pagamento de indenização no valor de R$ 327 mil proposta em ação anterior.
No entanto, ao analisar o pedido, a desembargadora Marilsen Andrade Addario, relatora do processo, não encontrou indícios concretos ou provas de que Inês, Bruno ou Eder estão liquidando patrimônio para evitar pagar a indenização.
Ela negou provimento ao recurso, que foi seguida pelos demais membros da Segunda Câmara.
RELEMBRE O CASO
Inês, seu filho Bruno e seu cunhado Eder invadiram a residência de Erneci Afonso Lavall, conhecido como ‘Polaco’, em Peixoto de Azevedo. Inês disparou contra as pessoas que estavam no local, em 21 de abril de 2024.
Os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, sogro do alvo dos criminosos, e Rui Luiz Bogo, de 68 anos, amigo do proprietário, foram mortos durante a ação.
Toda a ocorrência foi registrada pela câmera de segurança da residência. Além deles, o padre José Roberto Domingos, de 45 anos, que estava presente para um almoço, também foi atingido por disparos, mas sobreviveu ao se jogar entre dois sofás do imóvel. Polaco, o verdadeiro alvo, também escapou ileso, sendo apenas atingido por estilhaços.
O crime foi motivado por uma disputa judicial envolvendo a casa onde as execuções ocorreram. Inês havia alugado o imóvel de Polaco, mas, ao desocupar o local, teria deixado R$ 59 mil em dívidas.