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Defesa do reu vai recorrer da sentença

Justiça condena à prisão corintiano acusado de jogar cabeça de porco em jogo contra o Palmeiras

Osni Fernando Luiz foi condenado à pena de um ano de prisão em regime semiaberto pelo 'crime contra paz no esporte', cometido em novembro de 2024 no estádio do Corinthians. Defesa do réu vai recorrer da sentença

Por Kleber TomazPatrícia Marques, g1 SP e TV Globo — São Paulo
Foto-G1-Globo

A Justiça de São Paulo condenou à prisão o torcedor corintiano Osni Fernando Luiz, conhecido como "Cicatriz", por ter jogador uma cabeça de porco dentro do estádio do Corinthians, no ano passado, durante um jogo de futebol contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. O animal representa um dos mascotes do clube palmeirense.

Osni recebeu pena de um ano de prisão em regime semiaberto, aquele no qual o peso dorme na prisão, por ter sido considerado culpado pelo "crime contra a paz no esporte" cometido em 4 de novembro de 2024. Outros dois réus, que eram acusados de pegar a cabeça do animal morto e arremessarem dentro do campo da Neo Química Arena, foram absolvidos por falta de provas.

 
 

Osni chegou a postar um vídeo antes do jogo nas redes sociais mostrando a cabeça do animal e depois falou aos seus seguidores no Instagram que eles veriam depois na partida o que aconteceria.

Depois, em seu interrogatório na Justiça, Osni negou participação no crime. Deu outra versão, alegando que não se lembrava mais da filmagem que fez, e que comprou a cabeça do porco num mercado para um churrasco antes do duelo entre Corinthians e Palmeiras. Também negou ter arremessado a cabeça no campo, assim como tê-la entregue para que outras pessoas a lançassem no gramado.

 
Mas o juiz Fabricio Reali Zia não acreditou na nova versão de Osni e o condenou pelo crime. 
"Anoto ser necessária a contenção de condutas como a praticada pelo réu Osni, pois cuida-se de crime que afasta a visita de outros torcedores/consumidores/pessoas, as quais também desejariam frequentar estádios com seus familiares e amigos para fins de lazer e de entretenimento, mas que deixam de acompanhar presencialmente o futebol, patrimônio cultural brasileiro, por delitos como este", escreveu o magistrado na decisão dada em 13 de agosto. 

Câmeras de segurança gravaram duas pessoas arremessando o pedaço do animal morto dentro do campo de jogo (veja vídeo acima). Uma delas usava um gorro e a outra, um moletom com capuz. Como não foi possível identificá-las, a Justiça optou por absolver os outros dois acusados. Eles também negaram o crime. Osni não aparece nas imagens. 

Todos os três acusados respondiam em liberdade por promover tumulto e incitar a violência. Com a condenação, a Justiça mandou para a polícia o mandado de prisão de Osni para que ele seja detido em cumprimento à sentença.

Procurada pelo g1 para comentar o assunto, a defesa de Osni, feita pelos advogados Marcello Mucio e Damilton Oliveira, falou que "não foi oficialmente intimada da sentença proferida no processo". E que "adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para resguardar os direitos do cliente", recorrendo da decisão que o condenou.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) chegou a multar o Corinthians após Osni conseguir jogar a cabeça de porco no gramado do estádio. 

Cabeça de porco no Palmeiras 

Conhecido como ‘Cicatriz’, Osni Fernando Luiz foi detido na segunda (24) após investigação mostrar novo ato dele envolvendo cabeças de porco. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conhecido como ‘Cicatriz’, Osni Fernando Luiz foi detido na segunda (24) após investigação mostrar novo ato dele envolvendo cabeças de porco. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Em fevereiro deste ano, Osni já tinha sido impedido pela Justiça de frequentar jogos do Corinthians depois que foi acusado de jogar outra cabeça de porco, dessa vez em frente ao Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em 6 de fevereiro.

O objeto foi encontrado pouco antes do clássico entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Paulista. E uma foto do animal morto havia sido postada numa rede social com o apelido de Osni: "Cicatriz".

A sentença também determinou a exclusão de seus perfis nas redes sociais e a apreensão de sua moto para prevenir novos atos criminosos.

Sua defesa não comentou, à época, qual era a versão de seu cliente para essa nova acusação.

Osni se apresenta durante jogo do Corinthians na noite desta quarta-feira (26). — Foto: Reprodução

Osni se apresenta durante jogo do Corinthians na noite desta quarta-feira (26). — Foto: Reprodução

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