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Justiça Sexta-feira, 13 de Junho de 2025, 09:32 - A | A

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“GOLPISTA DAS FLORES”

Justiça aceita denúncia contra acusado de enganar idosos para aplicar fraudes bancárias

Aparelhos celulares e máquinas de cartão foram apreendidos com o investigado, que teve a prisão preventiva mantida

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso contra Carlos Vinicius Amaral Leite, acusado de integrar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes, especialmente contra pessoas idosas. Ele responderá pelos crimes de estelionato, cometido ao menos 11 vezes, sendo seis contra idosos, tentativa de estelionato, furto todos em concurso material. A foi proferida nesta quinta-feira (12).

Segundo a denúncia, os crimes vinham sendo praticados por meio de aparelhos celulares e máquinas de cartão, que foram apreendidos com o investigado. Além de receber a acusação formal, a Justiça também manteve a prisão preventiva de Carlos Vinicius, que havia sido detido em fevereiro de 2025. O magistrado destacou que o acusado já responde a outros processos por crimes semelhantes em São Paulo.

A pedido da Polícia Civil, também foi autorizada a quebra do sigilo de dados dos aparelhos apreendidos, incluindo dois modelos de máquinas de cartão e um celular.

“A despeito de se tratar de prova indiciaria e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação e o princípio vigente é in dubio pro societate, destacou o magistrado.

O GOLPE

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Segundo as investigações, os criminosos entravam em contato com as vítimas no dia de seus aniversários, afirmando que havia um presente a ser entregue, geralmente flores ou cestas de café da manhã, mediante o pagamento simbólico de uma taxa de entrega. Um motoboy então se dirigia até a residência da vítima com máquina de cartão, simulando a entrega. Conforme a denúncia, Carlos Vinícius ficava com 30% do valor obtido de cada golpe realizado com sucesso.

Durante a suposta cobrança, os golpistas alegavam erro na transação e deixavam o local rapidamente, sem a fazer a entrega dos produtos. Somente após o ocorrido as vítimas percebiam que haviam sido lesadas com transações bancárias de alto valor. Em um dos casos, o débito foi de R$ 2 mil.

A Polícia Civil passou a investigar o caso após o registro de ao menos 40 boletins de ocorrência com o mesmo modo de atuação. As diligências apontaram a participação reiterada de Carlos Vinícius nas fraudes. Ele já havia sido preso anteriormente em Goiás pelo mesmo tipo de crime, quando se passou por entregador de chocolates e enganou uma vítima, levando R$ 3 mil.

Em agosto de 2024, Bezerra já havia condenado outros três réus que também vieram de São Paulo para aplicar esse golpe em Cuiabá e Várzea Grande. Na sentença, o juiz destacou que, em menos de uma semana, foram registradas 12 denúncias de estelionato. Os golpistas agiam do mesmo jeito, alegavam problema na máquina de cartão e saíam sem deixar o suposto presente.

 

 

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