O julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado de assassinar uma mãe e suas três filhas em um crime brutal ocorrido em novembro de 2023, será realizado nesta quinta-feira (7), às 8h, no Plenário do Fórum da Comarca de Sorriso (400 km de Cuiabá). O caso, que ficou conhecido como “Chacina de Sinop” teve ampla repercussão nacional e tramita sob segredo de justiça.
Diante da sensibilidade do processo, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) estabeleceu regras rigorosas para a cobertura do julgamento. Apenas a assessoria de imprensa do TJMT está autorizada a realizar gravações de áudio e vídeo no plenário. Os materiais produzidos serão posteriormente disponibilizados aos veículos de comunicação, respeitando os limites legais e a dignidade das vítimas.
Durante a sessão, flashes com atualizações serão publicados no portal oficial do TJMT. A imprensa e o público não poderão utilizar equipamentos eletrônicos dentro do plenário, conforme decisão judicial.
A sessão será conduzida pelo juiz Rafael Deprá Panichella, da Primeira Vara Criminal de Sorriso. O julgamento seguirá o rito do Tribunal do Júri, com a participação do Ministério Público, da defesa e de um conselho de sentença composto por sete jurados.
Em março, Gilberto foi condenado a 22 anos e sete meses por estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada pela violência de gênero contra D.C.C. Os crimes aconteceram em Lucas do Rio Verde (332 km da capital) dois meses antes da chacina de Sorriso.
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RELEMBRE O CRIME
Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e as filhas dela, Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, respectivamente com 19, 13 e 10 anos de idade, foram encontradas mortas em novembro do ano passado. Elas foram vítimas de Gilberto Rodrigues dos Anjos, um pedreiro que trabalhava numa construção ao lado da casa onde a família morava.
Depois de invadir a casa dos Calvi Cardoso, Gilberto esgorjou e estuprou a mãe e as duas filhas mais novas enquanto agonizavam. A mais nova foi morta asfixiada depois presenciar toda a cena. Depois de cometer a barbárie, o assassino voltou para a obra onde estava trabalhando e ainda levou consigo roupas íntimas das vítimas como um "souvenir" do crime.
Ele foi preso dois dias depois, em 27 de novembro, quando os corpos de Cleci e das filhas foram descobertos.