Notícias sobre inquéritos da Polícia Federal que investigam suspeitas de venda de decisões judiciais provocaram uma divisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações também geraram questionamentos sobre o trabalho do STF, responsável pelas apurações. As informações são do site Folha de São Paulo.
A primeira fase da operação, que completa um ano em novembro, resultou na prisão do lobista de Mato Grosso Andreson Gonçalves. Ele entrou na mira da PF após a terem sido encontradas conversas comprometedoras, sugerindo negociações de decisões judiciais, entre ele e o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá.
No entanto, as investigações ainda não têm previsão de conclusão. Novas frentes de apuração devem ser abertas. Até o momento, apenas servidores do STJ, advogados e lobistas são investigados. Entre as descobertas recente, a operação identificou um possível pagamento irregular de R$ 1,2 milhão à advogada Catarina Buzzi, filha do ministro do STJ Marco Buzzi,
Uma ala da corte defende que o STF aprofunde a investigação antes de encaminhar o caso a outros tribunais. Outra parcela questiona a continuidade das apurações no Supremo, considerando que nenhum dos 33 ministros do STJ é alvo direto.
Segundo relatório da PF, o STF mantém a investigação para proteger diligências sensíveis, evitar interferências externas e preservar a possibilidade de novas provas que possam envolver autoridades com foro no Supremo.