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Justiça Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 17:51 - A | A

Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 17h:51 - A | A

DE ACORDO COM JUÍZA

Empresária confessa ter planejado assassinato de Renato Nery, mas diz ter desistido

No entanto, Polícia vê indícios de mando, após Julinere Goulart Bentos relatar ter raiva da vítima, a quem acusava de tomar suas terras

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A empresária Julinere Goulart Bentos confessou informalmente ser a mandante do assassinato do advogado Renato Nery, de acordo com a decisão da juíza Ena Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo). Esse foi um dos fatores para a magistrada prorrogar, por mais 30 dias, a prisão temporária de Julinere e de seu marido, César Jorge Sechi.

De acordo com a juíza, embora a empresária tenha ficado em silêncio durante o interrogatório formal à Polícia Civil, Julinere fez declarações informais à autoridade policial, no momento de sua prisão, que reforçam sua ligação com o crime.

Segundo os autos, ela afirmou que seu marido frequentemente demonstrava raiva da vítima, alegando que Renato teria tomado suas terras. Ela ainda declarou que chegou a dar a ordem para que o policial Jacskon Pereira Barbosa matasse o advogado, mas que depois teria desistido. Ainda assim, alegou que seu marido continuava insistindo na ideia de eliminar a vítima.

Em meio ao depoimento, chorando e bastante abalada, Julinere afirmou ser vítima de extorsão por parte de Jacskon e do jornalista Claudio Natal para que ela não fosse “entregue pelos policiais que seriam presos”, citando pagamentos que teriam somado R$ 400 mil. Disse ainda temer por sua vida, especialmente pela atuação criminosa do grupo ao qual Jacskon pertenceria. Apesar de prometer colaborar com a investigação, ela passou a se calar após orientação de seu advogado.

“São relevantes as informações narradas pela Autoridade Policial nessa seara investigatória, pois, apesar de formalmente a investigada ter optado pelo silêncio após orientação da defesa, temos que não há quaisquer elementos nos autos que desacreditem as palavras do Delegado de Policial”, afirmou a juíza na sentença.

As investigações também identificaram um bilhete de cobrança destinado a César Jorge Sechi, supostamente relacionado ao pagamento pela execução do crime. “Assim, ressai das investigações a existência de fundadas razões de autoria delitiva que recaem sobre César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos na condição de mandantes do crime”, esclareceu.

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A MORTE

Renato Nery foi alvejado por sete disparos, sendo que um atingiu sua cabeça, enquanto chegava em seu escritório de advocacia localizado na Avenida Fernando Corrêa, no dia 5 de julho. Agonizando, ele foi encaminhado a um hospital particular, onde passou por um procedimento cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada na madrugada do dia 6.

 

 

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